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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Brasileiros bebem 50% a mais que a média mundial:

Entre as mulheres, índice é de 10 litros/ano - também superior à média mundial, de 6,1, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde.

Foto inlustrativa

O consumo de álcool no Brasil é quase 50% superior à média mundial e o comportamento de risco no País já supera o padrão da Rússia. Levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que os brasileiros com mais de 15 anos bebem o equivalente a 10 litros de álcool puro por ano - a média no mundo é de 6,1 litros. Entre os homens que bebem (e não a média de toda a população), a taxa é de 24, 4 litros de álcool por ano e entre as mulheres, de 10 litros.
Os números do Brasil estão também bem acima dos registrados em países latino-americanos, de 8 litros por ano por pessoa. No anúncio dos dados, a OMS se mostrou preocupada com o avanço do álcool no País.
Segundo o levantamento, o álcool já mata mais que epidemias de aids, tuberculose e violência ou guerras, sendo responsável por 4% de todas as mortes no mundo. No total, o número de vítimas chega a 2,5 milhões de pessoas por ano.
A entidade afirma que o aumento da renda da população em países emergentes levou a um crescimento do consumo exagerado de bebidas e, portanto, a um comportamento de risco. Isso tem sido realidade em países da Ásia e América Latina.
Brasil. No País, o álcool é responsável por 7,2% das mortes - índice quase duas vezes superior à media mundial. Cerca de 30% da população que admite beber frequentemente afirma que se embriaga pelo menos uma vez por semana. Nos EUA, a taxa é de 13%, contra 12% na Itália. Mesmo na Rússia, o índice daqueles que exageram na bebida é inferior ao do Brasil: 21%. Outros países do Leste Europeu têm taxas inferiores às do Brasil.
A cerveja é responsável por 54% do consumo no País. Mas os destilados representam 40%, uma taxa considerada alta. O vinho corresponde a cerca de 5%.
Entidades e ONGs defendem uma restrição à propaganda de bebidas alcoólicas no País. O tema chegou a ser debatido no Congresso Nacional, sem avanços. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou qualquer iniciativa de legislar sobre o tema, afirmando defender uma conversa com a indústria.

Do Acorda Cidade com informações do Estadão.

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