De acordo com estatísticas da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), em 2001 ocorreram 1.948 acidentes e 26 óbitos, enquanto que em 2010 foram registrados 5.887 acidentes e 91 mortes. Apenas nos três primeiros meses deste ano, o órgão contabilizou 1.309 acidentes com 10 mortes.
As estatísticas em Salvador acompanham o resultado do Mapa da Violência 2011, pesquisa elaborada pelo Instituto Sangari (ONG que desenvolve metodologias e materiais educacionais de ciências) e divulgado em fevereiro deste ano.
No caderno complementar Acidentes de Trânsito, o estudo mostra que, de 1998 a 2008, o número de mortes de motociclistas no Brasil cresceu 754%, pulando de 1.894 para 11.471.
O pesquisador Júlio Jacobo, responsável pelo caderno, destaca que o risco de um motociclista morrer no trânsito é 14 vezes maior do que o de um ocupante de automóvel.
Segundo ele, o aumento de indústrias de ciclomotores, as facilidades de compra e os incentivos fiscais, a partir da década de 90, colocaram a motocicleta como uma saída para a falta de mobilidade urbana, sem que fosse feito um acompanhamento do crescimento desenfreado e suas possíveis consequências no trânsito.
O médico baiano e perito em acidentes de trânsito Eduardo Sampaio concorda, mas lembra que o principal causador dos acidentes continua sendo a imprudência.
“O aumento da frota e das facilidades de compra evidentemente vão amortizar o tráfego e torná-lo mais caótico. Mas, se os motoristas fossem conscientes, os acidentes não seriam tão frequentes”, diz.
Do site InteriorDaBahia com Informações de A Tarde.
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