O motorista do Gol sofreu grave acidente de moto em 2007 e em consequencia perdeu parcialmente os movimentos de uma das pernas e mão.
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A dona de casa pegou carona 500 metros antes do local do acidente |
Duas pessoas morreramem um acidente envolvendo o Gol p/p CZM 4316, licença do Mogi das Cruzes, (SP) e o Caminhão baú VW 24-250 constellation, p/p HDI 4213, Lagoa Preta (MG), por volta das 09h40 deste sábado (10), na BR 116/Norte, a 04 km da cidade de Araci, sentido Caldas do Jorro.
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O Gol era dirigido pelo agricultor José Ailson Moura dos Santos, 30 anos, residente na Avenida Aracajú, 352, Araci, enquanto o caminhão era conduzido por Cláudio Rocha, 38 anos, residente na cidade São Paulo. Morreram no local, o motorista do gol e a aposentada Maria Dalva Junqueira Moura, 61 anos, conhecida por “Dona Dalvinha”, residente na Fazenda Jacu, situada a 01 km do local do acidente.
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Entenda como tudo aconteceu – O caminhão transportava cosméticos e seguia de Belo Horizonte (MG) para Floresta (PE). Segundo Claudio Rocha, que falou com exclusividade para o CN, ele percebeu quando o Gol saia da estrada vicinal que dá acesso ao povoado de Jacu, a BR 116 e começou a frear e puxar o caminhão para esquerda, visando evitar o acidente, porém o gol não parou e foi ao seu encontro, provocando o choque. “Não pude fazer mais do que fiz , pois vi que no sentido contrário vinha uma carreta bi trem e tive que voltar, para a minha mão. Neste momento, o Gol já havia chocado na frente do caminhão”, contou Rocha.
Um “andarilho” que passava no momento do acidente confirmou a informação que o Gol realmente saiu da estrada de terra e o motorista não parou para observar se estava livre, apesar de o local ser uma reta nos dois sentidos. Com impacto, o gol foi arremansado aproximadamente vinte metros, sobre um amontoado de lixo as margens da rodovia.
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O destino – A aposentada “Dalvinha”, mãe de 08 filhos, sendo que 03 ainda moravam com ela e o esposo numa pequena área de terra localizada próximo ao povoado do Jacu, estava caminhando sentido à cidade de Araci, onde, mais uma vez, tentava encontrar a filha Atoniane Junqueira Moura, 25 anos, que sofre de problemas mentais e não havia dormido em casa. Para quem mora na região e costuma ir a pé para cidade, utiliza uma estrada conhecida por “areias”, que diminui em 02 km a distância. Antes de entrar no desvio, Zé Ildes, com era conhecido o motorista do gol, passa e dar carona para Dona Dalvinha e quinhentos metros a frente acontece o acidente e ela morre presa nas ferragens.
Zé Aildes morou alguns anos na fazenda Queimada Grande, próximo ao Povoado do Jacu e ao separar da companheira foi residir com a mãe na cidade. Conhecido de “Dona Dalvinha”, era um hábito dele dar carona aos conhecidos e, segundo a irmã Maria José Moura dos Santos, residente na região, na segunda-feira, dia da feira-livre da cidade de Araci, ele deu carona a aposentada e a filha que tem problemas mentais.
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Um homem que se apresentou como primo e outro como amigo porém não revelaram suas identidades admitiram que o motorista do gol tinha dificuldades na sua coordenação motora e na maioria das vezes eles que dirigiam o carro, falaram também que havia bebido bastante na noite anterior.
Apesar de reconhecer que o filho gostava de consumir bebidas alcoólicas, no sábado havia chegado em casa de madrugada, pois participou de uma festa no Povoado de Jacu e ao acordar, voltou para comunidade, onde conversou com a irmã sobre a “pensão” que o INSS havia suspendido e acertaram para tratar deste assunto na segunda-feira, em Serrinha.
No veículo foi encontrado uma quantidade de farinha e carne de sol que estava levando para ser encaminhado a um amigo residente em São Paulo.
Por: Valdemí de Assis CN / fotos: Raimundo Mascarenhas e Clériston Silva
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