Políticos, lideranças comunitárias e especialistas criticam decisão unilateral do governo baiano
Ao contrário do que fez o governador Jaques Wagner (PT), que decidiu unilateralmente pela construção de um metrô de quase R$3 bilhões na Av. Paralela, o Democratas optou por levar aos bairros de Salvador a discussão sobre a mobilidade urbana na cidade.
O tema foi discutido na segunda edição do Fórum Comunitário de Cidadania, realizado neste sábado (2), em Pernambués. “Seria muito mais interessante para a cidade se o governador optasse por outro modal na Paralela, e aplicasse a maior parte dos R$3 bilhões em investimentos na área da mobilidade nos bairros de Salvador”, afirmou o deputado ACM Neto, que vai levar a discussão também para Brasília, em audiência pública a ser agendada na Câmara.Durante o fórum, associações comunitárias de Pernambués e de outros bairros, a exemplo de Cajazeiras, se manifestaram contra o metrô da Paralela.
“É uma obra que vai atender a uma pequena parcela populacional da cidade, apesar do investimento gigantesco. Enquanto isso, Pernambués precisa de obras como a construção de uma via alternativa para a Av. Luis Eduardo Magalhães e de outras pequenas intervenções, como a mudança do seu fim de linha de ônibus”, afirmou o líder comunitário Genilson Geno. "O pior de tudo é que não fomos ouvidos pelo governo. É como se não fizéssemos parte da cidade", complementou o líder comunitário Samuel Andrade.
Consultor da ONU na América do Sul na área de mobilidade, Carlos Patinga, palestrante do fórum, lamentou a falta de participação das lideranças comunitárias no debate sobre a mobilidade para a Copa do Mundo de 2014. “Essa é uma oportunidade única para Salvador e as outras metrópoles do país. Desde 1988 que a União não investe em mobilidade nas cidades, deixando a tarefa para a prefeitura. Agora, serão investidos R$30 bilhões. E é triste saber que, no caso de Salvador, os bairros e suas lideranças sequer estão sendo ouvidos nesse processo”.
Presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia cobrou o funcionamento do metrô “calça-curta” que há 11 anos está sendo construído em Salvador. “Eles inviabilizaram o projeto do metrô, quando se meteram na questão e reduziram o tamanho da estrutura prevista, que inicialmente era de 12 quilômetros, para seis. Agora, querem que a população acreditem que farão mais 22 quilômetros de metrô”, ironizou.
Presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia cobrou o funcionamento do metrô “calça-curta” que há 11 anos está sendo construído em Salvador. “Eles inviabilizaram o projeto do metrô, quando se meteram na questão e reduziram o tamanho da estrutura prevista, que inicialmente era de 12 quilômetros, para seis. Agora, querem que a população acreditem que farão mais 22 quilômetros de metrô”, ironizou.
Os vereadores Jorge Jambeiro (PSDB) e Leo Kret (PR), presentes no fórum, também criticaram a escolha de Wagner pelo modal na Paralela.
Documento à cidade – Durante o fórum, o Democratas colheu inúmeras sugestões sobre a mobilidade em Pernambués e na cidade como um todo, entre elas a transferência da rodoviária para outro ponto de Salvador, proposta defendida na campanha de ACM Neto a prefeito em 2008. As sugestões vão fazer parte de um documento que o partido vai entregar à cidade antes das eleições de 2012. “Independentemente de termos candidato ou não a prefeito, vamos entregar um plano de governo para a capital, como fizemos em 2008”, contou ACM Neto.
A primeira edição do fórum aconteceu no bairro da Vasco da Gama, e debateu a questão da empregabilidade. O Democratas pretende fazer o evento, discutindo outros temas de interesse da cidade, em outros bairros. Clique aqui para ler outras matérias e ter acesso a mais fotos do evento
ASCOM/DEPUTADO ACM NETO
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