O deputado federal Amauri Teixeira (PT) defendeu, em discurso no plenário da Câmara, o diálogo entre o governo da Bahia e os trabalhadores e permissionários do Mercado do Rio Vermelho (Ceasinha) antes do início da reforma, prevista para janeiro. “Esse entendimento será fundamental para evitar prejuízos aos feirantes”, afirmou o petista. “A reforma que o governo de Jaques Wagner fará é importantíssima para os que trabalham nesse mercado. No entanto, é necessário debater com os feirantes sobre o tempo de duração da obra e o local onde esses trabalhadores irão ficar, para evitar maiores prejuízos, no período”, acrescentou.
O deputado enviou ofícios a órgãos do governo baiano solicitando respostas aos feirantes sobre as condições de trabalho durante o período da reforma. “É necessário que, durante as obras, sejam garantidas condições mínimas e legais de trabalho. Após a conclusão, é preciso ser assegurado aos permissionários o mesmo espaço de trabalho existente hoje”, argumentou Amauri Teixeira.
Ele lembrou que cada box no Rio Vermelho emprega cerca de oito pessoas. Muitas delas trabalham no local há mais de 20 anos e a maioria tem mais de 50 anos de idade. A construção do novo mercado tem início previsto para janeiro de 2012 e durará, no mínimo, 18 meses. Neste período, a Ebal pretende alojar os atuais feirantes no prédio da Cesta do Povo, ao lado da Ceasa.
Associação - “O que queremos é garantias mínimas de trabalho para que possamos sobreviver. Muitos dos trabalhadores da Ceasinha pertencem a famílias que residem na Chapada do Rio Vermelho e Nordeste de Amaralina, que são áreas sensíveis. Não queremos ser obrigados a demitir ninguém”, afirmou a presidente da Associação dos Permissionários da Ceasinha, Rubina Moraes.
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