O ajudante de pedreiro João Alves dos Santos, 43 anos, conhecido como “João de Coquinha”, foi preso na manhã desta sexta-feira (18), por policiais do Serviço de Investigação (SI) da delegacia de Serrinha, acusado de abusar sexualmente da própria enteada durante três anos. A vítima tem atualmente 11 anos, e era abusada desde os oito anos. M. S. S. está grávida de quatro meses.
Segundo apurou a polícia, João Alves está separado de Dionísia Sena de Jesus, 50 anos, mãe da garota, há cerca de cinco anos, mas, moravam na mesma casa no povoado de "Mombaça de Dó". Ele tem três filhos com a mãe da vítima. Durante entrevista à Rádio Continental, Dionísia disse que sabia dos abusos cometidos contra a filha, mas não denunciava por que tinha medo das ameaças de João. “Ela me falou uma vez e pediu pra ficar quieta (não comunicar à polícia) porque ele tinha ameaçado”, disse.
O padrasto da menina confessou que se relacionava com a garota quando a mãe dela saía de casa. “A mãe saía pro samba e a menina ficava sozinha dentro de casa com as irmãs pequenas, então começamos a se entender e a se gostar. Eu tava até fazendo plano de me casar com ela”, declarou. No decorrer da entrevista João afirmou que Dionísia mandou ele ficar com a filha porque ela ia procurar outro homem. “Ela disse que ia me largar e procurar outro homem e que eu podia ficar com a menina”, disse, assumindo a paternidade da criança.
A polícia apurou também, que a mãe da garota dormia em um quarto, e ele, com a criança, em outro. “Eles conviviam como marido e mulher”, disse um agente da polícia civil.
O chefe do SI, o agente Muduruca, afirmou para a reportagem que a prisão ocorreu após uma denúncia anônima. Quando os policiais chegaram a casa onde estava o acusado, por volta das 10h00m, ele tentou fugir com a enteada, porém foi alcançado e preso.
Ainda conforme os policiais, ele queria se livrar da prisão alegando que não obrigou a garota a ficar com ele. “Aqui na delegacia ele confessou os abusos, mas argumentou que a vítima não ofereceu resistência, e por algumas vezes era ela quem o procurava, ou seja, ele quis dizer que estava sendo provocado, mas sabemos que é invenção do acusado, mesmo assim, caso acontecesse isso, ela é menor de idade e ele ficará preso por abuso de vulnerável”, relatou.
Dionísia foi ouvida e liberada. De acordo com o delegado Daniel Fiúza, titular da delegacia de Serrinha, o inquérito irá apurar a sua responsabilidade no caso e ela poderá ser considerada co-autora do crime. A criança foi encaminhada para o conselho tutelar e João Alves dos Santos será transferido para o Presídio de Segurança Máxima (cebolão) de Serrinha.
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