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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Acusado de matar cunhado gay o matou para roubar R$ 400, diz polícia:


Carlos está preso na carceragem da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), à disposição da Justiça

Foto: Polícia Civil
Carlos Alberto chegou a ser espancado por vizinhos

O cobrador acusado de matar o próprio cunhado a golpes de pá no bairro de São Marcos no ano passado teve a prisão temporária decretada. Na tarde desta terça-feira (24), Carlos Alberto de Carvalho Júnior, 32 anos, foi apresentado à imprensa por investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia investiga se os dois tiveram relação sexual na noite do crime - Carlos Alberto teria seduzido o cunhado, gay assumido, para roubar R$ 400 da vítima.
 
A vítima, Augusto Anunciação Neto, 35 anos, era pintor e proprietário da microempresa Barbosa Neto Serviços Ltda - especializada em reformas de imóveis. O crime aconteceu no dia 26 de novembro na rua Rosalvo Carvalho Silva.

De acordo com Clelba Regina Teles, delegada do DHPP que coordenou as investigações, apesar de cunhados, os dois não mantinham uma relação forte de amizade e mesmo assim, o suspeito, que estava desempregado, convidou Augusto para ir a um bar, onde beberam por várias horas.  

Ainda de acordo com a delegada, durante a de madrugada, Augusto convidou o cunhado para ir até a sua casa. No local, a dupla consumiu mais bebida além de cocaína, até às 6h30, quando Carlos teria ido para casa.

O corpo de Augusto foi encontrado no mesmo dia, por volta das 14h. Ele estava nu na cama, com o rosto desfigurado por pancadas dadas com uma pá. Preservativos usados estavam espalhados pelo quarto da vítima, segundo a delegada Clelba, que ainda vai apurar se houve relação carnal entre a vítima e o cunhado.    

Sumiço da arma
Em depoimento, o pai de Augusto contou que havia uma pá suja de sangue no quarto do filho e que pouco antes da polícia chegar no local a ferramenta desapareceu. 

Ele disse ainda que R$ 400 reais, recebidos pela vítima há poucos dias como pagamento por serviços prestados, tinham desaparecido - provavelmente roubados pelo assassino. 

A perícia apurou que não havia sinais de arrombamento na residência do microempresário. Revoltados com a morte de Augusto, um grupo de vizinhos espancou Carlos quando soube que ele era suspeito pelo crime. Ele ainda exibia os ferimentos da agressão no momento da apresentação. 

Os cunhados moravam em apartamentos localizados em um sobrado pertencente à família. Carlos mora com a esposa, Joane Lima Anunciação, irmã da vítima, no primeiro andar do imóvel. Já Augusto ocupava o imóvel do andar de cima. 

Carlos está preso na carceragem da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), à disposição da Justiça.

*Correio Com informações do repórter Bruno Wendel

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