quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SITUAÇÃO/OPOSIÇÃO: Quem deveria assumir as responsabilidades?


"Há uma concepção no seio da sociedade de que a minoria não tem vez, principalmente, quando somos oposição a algo.

O PT – Partido dos Trabalhadores soube exercer oposição mesmo sendo minoria. Suas bancadas de deputados federais, estaduais, e de vereadores impediam a retirada de direitos da classe trabalhadora, indo para o enfrentamento com a direita majoritária governista, composta pelo PSDB – PMDB. A burguesia tinha muito medo da militância petista, pelo fato, da mesma mobilizar a sociedade através de manifestações públicas, na distribuição de panfletos, etc. Com o surgimento de novas correntes ideológicas dentro do PT, a acomodação, a apatia, o pragmatismo se tornou realidade.
Quando o Lula propôs fazer alianças com os citados partidos, os militantes, por hipótese alguma, aceitavam porque tais partidos representavam a chamada direita. Lula chega ao Planalto com o apoio de diversos segmentos partidários e acaba-se a OPOSIÇÃO. Todos passam a trilhar o mesmo pensamento e a remar no mesmíssimo barco. Hoje, os chamados oposicionistas faz-de-conta, ocupam cargos de extrema relevância nos governos petistas, e se queixam que estão fazendo o papel da oposição. Na verdade, hoje, não sabemos quem é oposição ou situação.
Quem paga a conta por esta salada partidária? Sem sombras de dúvidas o POVO BRASILEIRO, especialmente, os trabalhadores que estão associados em sindicatos onde não existe oposição atuante. Citando como exemplo, os Técnicos Administrativos da UFC - Universidade Federal do Ceará, que não se sentem contemplados pela atuação do sindicato e nem da oposição, formada pelo - MUR – TRIBO – VAMOS A LUTA, dentre outras. As lideranças das citadas correntes entram em cena no palco, mas, não saem do discurso, fazem o mesmo jogo político do SINTUFCE. Devemos ter cuidado com aquilo que apenas parece ser correto ou bom”.
Os servidores lotados nos HUs – Hospitais Universitários que reivindicam isonomia de carga horária, através de manifestações, não tem efetivamente, o apoio do SINTUFCE, nem tampouco das citadas correntes oposicionistas.
Quem perde uma eleição tem a obrigação e o dever de realizar o que a situação não faz. Exemplificando: Fiscalizar desmandos administrativos, não se isentar de revelar os verdadeiros fatos, propor alternativas, fazer contestação, enfim... A oposição de verdade, tem que agir, do contrário, a democracia e diálogo deixam de existir.
A ausência de atuação da situação/oposição contribuiu para que os chefes se embrutecessem e não buscassem o diálogo. A verdade é que ninguém dá a mão o colaborador arruinado, quando, em sua aflição grita por socorro, principalmente, aqueles que têm o poder em suas mãos. Infelizmente, o poder e as benesses deste sistema modificam o pensamento dos homens.
O pessoal da situação não se responsabiliza por nada, porque tudo o que de ruim e malfeito é culpa da gestão anterior. E o outro lado de fora faz cócegas aos ouvidos dos mais desatentos e desavisados, e botam a culpa nos servidores por terem elegido a diretoria atual. Ora, ora, os servidores estavam sem opção, pelo fato, de não observarem nenhum trabalho da oposição, pois nada fizeram em prol da categoria.
As 30 h não é conversa fiada, já existe desde muito tempo em diversos departamentos da UFC, e nas categorias de servidores mais organizadas na base da própria FASUBRA - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras. Assim sendo, os servidores Técnicos Administrativos da UFC se sentem ameaçados com a atual gestão do SINTUFCE e pela inércia da oposição que tem se mantido a parte da luta pela ampliação das 30 h que está sendo liderada pelos próprios servidores. Diante dessa realidade tem início a proposta de desfiliação em massa do SINTUFCE haja vista, a sua falta de compromisso, mesmo após termos recebido apoio do Ministério Público Federal através de ajuizamento de uma Ação Civil Pública com o objetivo do cumprimento do Decreto Presidencial de N° 4.836 de 9 de Setembro de 2003 que dispõe sobre a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal Direta, das Autarquias e Fundações Federais. Se o SINTUFCE/OPOSIÇÃO não se interessaram em reivindicar os direitos dos servidores, pelo menos, se espera que o reitor cumpra a Lei.
Conclusão do assunto: A “SITUAÇÃO/OPOSIÇÃO” precisam assumir suas promessas de campanha – Não continuem medindo a capacidade de mobilização dos servidores que clamam por isonomia. O mínimo que deveriam fazer eram participar das manifestações que vem sendo efetuatadas sem partidarismo. Ou continuarão acreditando que o reitor bondosamente, atenderá as reivindicações diante da letargia em que se encontram? Portanto, chegou a hora de se colocar em prática o refrão que vocês mesmos ecoaram: O SINTUFCE SOMOS NÓS NOSSA FORÇA NOSSA VOZ".
Movimento pela ampliação das 30 h e pelo fim da discriminação do ponto digital.
Por Sebastian Ramos

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