O aposentado José Carlos Macedo, 54 anos, morreu após receber uma descarga elétrica na manhã desta sexta-feira (06), na empresa Frigoríficos Corona, na Rua da Polêmica, bairro de Brotas, em Salvador.
Segundo informações de testemunhas, a vítima morreu quando estava concertando uma máquina que apresentou problemas na manhã de hoje. “Ele costumava dar manutenção aqui na empresa, e aconteceu esse acidente. É muito triste ver um amigo morto”, disse Paulo Ricardo, funcionário da empresa. Ainda segundo Paulo Ricardo uma ambulância do Serviço de atendimento Móvel de Urgência (SAMU), chegou a ser deslocada para tentar reanimar Macedo – como a vítima era conhecida – mas não conseguiram salva-lo. Macedo morreu dentro da empresa.
Amigos e familiares do aposentado, que trabalhava como técnico de manutenção de máquinas frigorificas, chegavam todo momento na empresa. Uma das filhas do aposentado, muito emocionada, culpou a administração da empresa pela morte do pai.
“Já tem 4 anos que ele se aposentou e mesmo assim ligavam para ele todos os dias para vim resolver problemas dessa máquina velha. Eles sabiam que o meu pai não sabia dizer não e se aproveitavam da bondade dele. Eles mataram o meu pai”, disse Soraia Macedo.
Macedo trabalhou por mais de 30 anos na Frigoríficos Corona e após infartar e passar por cirurgia para colocar um marcapasso no peito se aposentou por invalidez, mas continuava prestando serviço na empresa. “Isso é um absurdo. Eles não deixavam o meu pai em paz. Ligavam sábado, domingo e feriado para ele resolver os problemas que eram deles, não nosso”, concluiu a filha visivelmente revoltada.
Carlos de Jesus, cunhado da vítima, disse que Macedo era uma pessoa muito querida no bairro de Brotas. “Ele era morador antigo do Alto do Saldanha. Trabalhador, muito amado e querido por todos e morreu sem necessidade. Ele era aposentado e não tinha motivo para estar todos os dias, mesmo estando aposentado, na empresa trabalhando. Queremos saber se a empresa irá se responsabilizar?”, questionou.
O corpo de José Carlos Macedo permaneceu dentro da empresa até a chegada dos peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT). A vítima teve o corpo removido para o Instituto Médico Legal (IML). A família não informou o dia do enterro. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar as acusações da família. Por Alessandro Isabel // Foto: Roberto Viana // Bocão News.
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