quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Salvador - Empresários podem ter pena de 13 anos:


Os empresários Narciso Fernandes do Nascimento, 53 anos, e Roberto Pacheco Ávila, 33, sócios na Parazzo Móveis, fabricante de móveis planejados de alto padrão, foram presos, na manhã de HOJE (25), por investigadores da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), em cumprimento a um mandado de prisão temporária. A dupla é acusada de lesar 30 clientes, num golpe que pode chegar a R$ 4 milhões.
Os dois foram presos em flagrante
De acordo com o delegado Oscar Vieira Neto, titular da Decon, os golpes começaram há seis meses, quando os empresários passaram a informar aos seus clientes que os móveis encomendados não seriam entregues porque a Parazzo havia falido. Cada cliente lesado teria desembolsado, dependendo da complexidade do serviço, valores entre R$ 150 mil e R$ 300 mil.

As investigações mostraram que Narciso Fernandes utilizou o nome de familiares e de funcionários também, como sócios “laranjas”, para fundar, além da fábrica de móveis planejados, a Ferragens e Cia - Componentes para Móveis, fornecedora de matéria-prima e de outros componentes usados na fabricação de móveis, como dobradiças e ferrolhos para a própria Parazzo.

Diante das dificuldades em entregar os móveis solicitados, os dois empresários chegaram, segundo o titular da Decon, a sugerir aos clientes que comprassem da Ferragens e Cia os componentes que faltavam e contratar os serviços dos seus funcionários, lotados na Parazzo, que estavam parados, e poderiam terminar o serviço recebendo uma gratificação “por fora”.

“Tudo não passava de mais um golpe, pois os clientes não sabiam que a empresa fornecedora dos componentes pertencia também aos golpistas”, disse o delegado Oscar Neto, que esteve à frente das investigações, nos últimos 15 dias. De acordo com ele, depois de anunciar a falsa falência, os empresários chegaram a afixar uma placa no showroom da empresa, informando que as encomendas poderiam ser feitas diretamente na fábrica. “Desta maneira, os golpistas atraiam novas vítimas que não sabiam da real situação da Parazzo”, explicou o delegado.

Narciso foi localizado pelos policiais em sua fábrica, no bairro do Uruguai. Já Roberto, que é casado com a filha de Narciso, estava no showroom da Parazzo, que fica localizado no Caminho das Árvores. Funcionários e familiares dos criminosos já foram interrogados na Decon e liberados. Depois de passarem por exames de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), eles foram autuados por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica e podem pegar até 13 anos de cadeia. A dupla ficará custodiada na carceragem da Polinter, no Complexo Policial dos Barris. Polícia é Viola.

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