O advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, acusado da morte da advogada Mércia Nakashima, se entregou na tarde desta sexta-feira (24) no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo.
A informação foi confirmada pelo advogado dele, Samir Haddad Júnior. Mizael é procurado desde 7 de dezembro de 2010. A assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não tinha confirmação da prisão até as 19h.
A polícia acredita que Mércia tenha morrido ainda no dia 23 de maio de 2010, quando desapareceu da casa dos avós em Guarulhos, na Grande São Paulo. Um pescador afirmou ter visto o carro da advogada entrar na represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, no mesmo dia. Também contou à polícia ter visto um homem não identificado deixar o veículo e ter escutado gritos de mulher. O veículo foi localizado submerso em 10 de junho do mesmo ano. Um dia depois, os bombeiros encontraram o corpo de Mércia.
Peritos identificaram que ela levou um tiro no rosto, provavelmente de raspão. Segundo o perito Renato Pattoli, Mércia foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada, já que ela também não sabia nadar. Mizael, ex-namorado da vítima, foi denunciado pelo Ministério Público de Guarulhos pelo assassinato da advogada. O outro acusado do crime é o vigia Evandro Bezerra da Silva, que ainda está foragido.
Pedido negado
O Supremo Tribunal Federal negou no dia 17 de fevereiro o pedido da defesa de Mizael Bispo de Souza para que o processo fosse suspenso até que a corte decida se o julgamento deve ser realizado em Guarulhos ou em Nazaré Paulista. Os advogados de Mizael, Samir Haddad Júnior e Ivon Ribeiro, protocolaram habeas corpus na semana anterior para que o STF determinasse a transferência do processo para Nazaré Paulista.
Com a decisão liminar (provisória) do ministro Ricardo Lewandowsky, o caso continuará correndo em Guarulhos, sem suspensão, até o julgamento do mérito pelo plenário do tribunal. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia negado pedido idêntico feito pelos advogados de Mizael e reconhecido a competência da Vara do Júri de Guarulhos para processar e julgar o réu. Os advogados, então, recorreram ao Supremo.
A defesa de Mizael alega que, segundo o laudo cadavérico e a denúncia do Ministério Público, Mércia morreu por afogamento na represa da cidade de Nazaré Paulista, o que justifica a mudança de foro. Os advogados argumentam ainda que, se o processo fosse julgado em Guarulhos, o prejuízo ao denunciado será "grande", em razão da comoção popular que o crime causou na cidade. Informações do G1 e foto divulgação.
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