Condenado pela Justiça a devolver mais de R$ 17 milhões aos cofres públicos, o ex-prefeito de São Francisco do Conde, Antônio Calmon (PMDB), revoltou o deputado estadual Targino Machado, líder do bloco PTN/PSC/PRP na Assembleia Legislativa da Bahia. Para ele, o antigo gestor do município não devolverá essa quantia, tampouco arcará com a verba indenizatória no percentual de 5% do valor da condenação, além do pagamento de todas as custas judiciais e demais despesas do processo, como determina a sentença.
“Eu não acredito em Papai Noel, em Saci-Pererê, em nenhuma dessas coisas. Será que alguém acredita que esse Calmon vai devolver esses 17 milhões? É por isso que ser político é bom. Rouba, rouba, rouba, é ladrão, mas depois que enrica, que enche os balaios com o dinheiro público, vira homem de bem, vestal, arauto da democracia, da dignidade, da seriedade. Mas a culpa é do povo. Não é político que elege político. Quem elege político é o povo. Se a Ficha Limpa deixar, Calmon será candidato novamente, infelizmente”, disse.
Ainda de acordo com o parlamentar, esse montante fará muita falta no investimento em educação, saúde e segurança pública da cidade, uma das mais importantes do estado.
“Quero dizer que quando um político malversa, rouba e desvia o dinheiro público, ele infelicita a população. O roubo dele aumenta as mazelas na educação, fere de morte as nossas criancinhas e aumenta as filas nos hospitais no SUS por falta de investimento daquele dinheiro desviado. A população ressente-se do roubo do político pela falta de investimentos em segurança pública. Os políticos não querem investir em polícia, em segurança pública, também pelo medo de ser preso, pois tem muito mais político precisando de cadeia”, afirmou.
Ainda segundo Targino, a situação do juiz da Comarca, Eduardo Pedro Simão, é pior, pois o mesmo responde a um processo administrativo no Tribunal de Justiça.
“É o sujo falando do mal lavado e o safado falando do corrupto. Pior do que Calmon desviar dinheiro é o juiz fujão. O referido magistrado está fugido, mas presente na Comarca em São Francisco do Conde, produzindo sentença. E ele não é juiz espírita, que está fazendo isso por radiação espiritual. Ele tem que estar presente para estudar a sentença. Além disso, ele tem que estudar para produzir a sentença, boa ou ruim, e estar presente na Comarca para assinar o processo. Até quando isso vai prosperar nesta República chamada Brasil?”, lamentou.
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