quinta-feira, 12 de abril de 2012

Diretor do Vitória espera definir novo treinador até o fim de semana


Márcio Araújo e Paulo César Carpegiani. Esses são os principais nomes na lista de treinadores pretendidos pelo Vitória. A intenção do clube é de anunciar o acerto até o fim de semana.

- Além dos dois, temos outros nomes também. Mas eles são os principais. Voltamos hoje para Salvador e devemos fechar nos próximos dias - comentou o diretor de futebol do Vitória, Raimundo Queiroz.

Carpegiani foi o primeiro profissional procurado após a demissão de Toninho Cerezo. A proposta já foi feita e ele ainda não respondeu. O treinador, que recusou o convite no final do ano passado, diz ter problemas particulares que dificultam o acerto.

Com isso, Márcio Araújo ganhou força. No entanto, o técnico deu sinais de que pretende cumprir até o fim o contrato com o São Caetano. O vinculo vai até o final do ano.

Os outros nomes citados por Raimundo Queiroz são Jorginho, que está na Portuguesa e luta contra o rebaixamento no Campeonato Paulista, e Waldemar Lemos, que recusou uma proposta do Vitória na sexta-feira passada antes de ser demitido do Náutico.

Enquanto o novo treinador não é definido, o Rubro-Negro segue sob o comando de Ricardo Silva. A programação exposta na semana passada era de que o técnico interino ficasse à frente do time por três rodadas. Até agora, foram dois jogos: um triunfo sobre o Juazeiro pelo Campeonato Baiano e o empate com o ABC pela Copa do Brasil.


CONHEÇA MELHOR O PERFIL DOS CANDIDATOS A TÉCNICO DO VITÓRIA


A especulação sobre quem será o novo técnico do Vitória está mesmo em alta. Vários são os nomes que aparecem como prováveis substitutos de Toninho Cerezo no comando do rubro-negro baiano, vindo de vários locais do país: dois do Rio de Janeiro, dois paulistas, um mineiro e um do Rio Grande do Sul.

Para ajudar o torcedor rubro-negro, veja o perfil de cada um dos concorrentes ao cargo: seu histórico de clubes, os principais títulos conquistados e suas chances de assumir o Leão.  Vamos à lista:


Paulo César Carpegiani – 63 anos, natural de Erechim (RS)

Tricampeão brasileiro como jogador – dois pelo Internacional e um pelo Flamengo -, Carpegiani iniciou a carreira de treinador em 1981, apenas um ano depois de pendurar as chuteiras, no comando do rubro-negro carioca. Naquele mesmo ano, foi campeão da Libertadores da América e do Mundial Interclubes. Voltou a se destacar no comando da Seleção Paraguaia, na Copa do Mundo de 1998. Com uma forte defesa, chegou às oitavas de final, perdendo apenas para a França, mais tarde campeã daquela edição, no chamado “gol de ouro” da prorrogação.

Carpegiani se afastou do futebol brasileiro até que, em 2009, recebeu um convite do então diretor de futebol do Vitória, Raimundo Queiroz – que retornou ao cargo neste ano - , para comandar o clube. Pelo Leão, o técnico foi campeão baiano e comandou o time numa boa campanha durante o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, mantendo-se sempre entre os 10 primeiros colocados. Foi demitido após uma sequência de três derrotas e um empate. Ao todo, foram 11 triunfos, 7 empates e 9 derrotas à frente da equipe. Desde então, passou por Atlético-PR – tirou o Furacão da zona de rebaixamento e levou à briga pela Libertadores - e São Paulo, seu último clube, em 2011.


Jorge Luís da Silva, o Jorginho – 47 anos, natural de São Paulo (SP)

O título da Série B no ano passado, pela Portuguesa, despertou o interesse da direção rubro-negra em Jorginho. Treinador mais jovem entre os candidatos, Jorginho se destacou em 2009, no comando interino do Palmeiras, após a saída de Vanderlei Luxemburgo. Foi convidado para comandar o Goiás no ano seguinte, e de lá foi para a Ponte Preta, ambas as passagens sem brilho. Assumiu a Lusa no início de 2011, e teve uma campanha impressionante na Série B: 23 vitórias, 12 empates e apenas 3 derrotas, com direito a título com quatro rodadas de antecedência.

Neste ano, ainda no comando da Portuguesa, Jorginho não conseguiu repetir o sucesso do ano passado: a Lusa briga para não ser rebaixada no Campeonato Paulista, e o treinador balança no cargo.


Waldemar Lemos – 57 anos, natural do Rio de Janeiro (RJ)

Outro que se destacou na Série B do ano passado, pelo Náutico, e chamou a atenção dos dirigentes do Vitória. Atualmente, está sem clube. Irmão mais novo do também treinador Oswaldo de Oliveira, Waldemar Lemos se destacou à frente do Flamengo, em 2003 e em 2006, este último, ano que a equipe conquistou a Copa do Brasil, já sem o comando do treinador. Desde então, passou por vários clubes do Brasil – Figueirense, Náutico e Atlético-PR, por exemplo – e do exterior – Harbour View, da África do Sul, e Pohang Steelers, da Coréia do Sul.

Voltou ao Náutico em 2011, onde foi vice-campeão da Série B, com campanha de 17 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Neste ano, porém, não foi bem no Campeonato Pernambucano e acabou demitido pelo Timbu no último dia 8, após perder três jogos consecutivos, o que aumentou a especulação em torno do Vitória. A diretoria do alvirrubro confirmou que recebeu uma sondagem do Vitória pelo treinador antes de demiti-lo, mas informou que este preferiu continuar no Náutico.



Paulo César Gusmão – 49 anos, natural do Rio de Janeiro (RJ)

Outro treinador que, segundo informações, foi procurado pela diretoria do Vitória para substituir Cerezo. Na segunda-feira, 9, Evandro Leitão, presidente do Ceará, atual clube de PC Gusmão, confirmou uma proposta do rubro-negro baiano pelo técnico. “Recebemos uma proposta do Vitória pelo PC, mas ele vai cumprir o seu contrato. Nós conversamos e ficou acertado que ele irá cumprir seu contrato até o fim”, declarou, despistando qualquer chance de negociação.

Apesar de nunca ter comandado o Vitória, PC Gusmão é sempre um nome especulado quando trata-se de encontrar um técnico para a equipe. Sua trabalho recente de maior sucesso foi justamente pelo Ceará, em 2009, quando conquistou o acesso à Série A. De lá, passou por Atlético-GO e Vasco sem sucesso, até que retornou para a Série B no ano passado para comandar o Sport, mas foi demitido restando apenas cinco rodadas para o final do campeonato. Mais tarde, o Leão da Ilha conseguiu o acesso sob o comando do interino Mazola Júnior. Retornou ao Ceará em março deste ano e venceu todos os cincos jogos que disputou pelo estadual.



Márcio Araújo – 51 anos, natural de São José do Rio Pardo (SP)

Procurado pela diretoria no início do ano para assumir o Vitória, Márcio Araújo volta a ser cogitado para o cargo após a demissão de Toninho Cerezo. O treinador chamou a atenção da torcida baiana ao conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro em 2010 pelo arquirrival do Leão. À frente do rival, Márcio Araújo conquistou 12 vitórias, 6 empates e 7 derrotas. Antes de vir para a boa terra, o treinador já tinha um acesso no currículo, com o Grêmio Barueri, em 2008.

No ano passado, Márcio esteve à frente do São Caetano, equipe que bateu o Vitória de virada em pleno Barradão por 2 a 1, pela penúltima rodada da Série B. A fatídica derrota, no entanto, transformou-se em admiração, e o treinador tem sido especulado para assumir o clube desde então. Em 2012, ele permanece no comando do Azulão, que atravessa campanha mediana no Campeonato Paulista.


Hélio dos Anjos – 54 anos, natural de Janaúba (MG)

O último candidato da lista é um velho conhecido tanto da torcida rubro-negra como do atual diretor de futebol do Vitória. Hélio dos Anjos comandou o Goiás, antigo clube de Raimundo Queiroz, em três oportunidades durante a gestão do diretor. No Esmeraldino, foi campeão da Série B em 1999, da Copa Centro-Oeste em 2000 e estadual em 1999, 2000 e 2009. Seu currículo também traz várias passagens pelo Vitória, em 1992 – ano em que foi campeão baiano -, 1996, 1998 e em 2004 – ano que o Leão acabou rebaixado para a Série B.

Hélio dos Anjos acumulou passagens por diversos clubes do futebol brasileiro - treinou o Bahia, entre 2004 e 2005 – e do exterior – chegou a comandar a Seleção da Arábia Saudita, entre 2007 e 2008. No ano passado, começou a temporada no Vila Nova, transferiu-se para o Sport, retornou para o clube goiano e de lá foi para o grande rival, o Atlético-GO, clube em que se destacou com uma grande campanha na Série A, terminando o campeonato na zona da Sul-Americana. Neste ano, porém, acabou pedindo demissão do Dragão no começo de março.

Fonte: Globoesporte.com e A Tarde On Line

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