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| Ninguem sabe que foi o autor dos disparos, nem o proprietário dos animais |
O trecho que liga Valente a São Domingos é um dos mais perigosos da região sisaleira, pelas curvas sinuosas, aclives e declives e falta de acostamento, mas neste período de estiagem o perigo aumenta com a grande quantidade de animais que procuram o verde que ainda, embora não haja uma explicação concreta, é encontrado ao longo das margens das rodovias.
Dois jovens que trafegavam de moto no referido trecho denominado rodovia Luiz Eduardo Magalhães tiveram suas vidas ceifadas justamente em consequência de atropelar um desses animais.No mesmo momento do acidente por volta das 17h45 de quinta-feira, 17, outro rapaz que pilotava uma moto acabou batendo no fundo de um carro que teve que frear bruscamente para evitar a colisão com outro cavalo. Resultado: o motociclista fraturou um das pernas na queda.
Diante das ocorrências da tarde e inicio de noite de quinta, contabilizando dois jovens mortos e um ferido, tendo também o animal do primeiro acidente morrido na hora, restaram dois cavalos naquelas imediações, certamente um deles foi o que provocou o segundo acidente.
Na manhã de sexta-feira,18, dois animais foram encontrados mortos ao lado de uma cerca e as marcas de tiros identificavam a causas das mortes, embora inocentes, estavam lá oferecendo perigo a outras pessoas. Ninguém sabe quem foi o autor dos disparos, e outro fato que intriga a todos é que o proprietário nunca é encontrado.
O CN antes de se deslocar até Valente para acompanhar os sepultamentos de Asllan e Lucas que ocorreu ás 17h30 ( Lucas) e 17h45 ( Asllan) esteve no Posto do 4º Pelotão da Polícia Rodoviária Estadual, no distrito de Bandiaçu – Conceição do Coité, para levantar informações acerca dos caminhões boiadeiros que a corporação possuia para realizar captura de animais na pista, e fomos atendidos pelo sub tenente Ivan da Silva Souza, que nos informou que embora estejam apoiando no que for necessário, orientando os proprietários dos animais, a tarefa de captura de animais na pista deixou de ser de responsabilidade da Polícia Rodoviária e que o DERBA terceirizou os serviços para uma empresa.
A nossa equipe fez uma ligação para a empresa SERVICOM que tem uma fazenda em Ouriçangas (centro de zoonoses) com toda estrutura de manter os animais cuidados até que o responsável compareça para retirá-lo.Pelo telefone informamos a um funcionário identificado por Joabe Nascimento, que disse ao CN que os serviços começaram a cerca de duas semanas e disponibilizou dois telefones para que as pessoas possam informar de existência de animais soltos nas rodovias – 75 8191 – 2784 / 3447-2247.
Comunicamos a necessidade de um trabalho urgente na região do sisal e ele disse que passaria a informação para a diretoria para enviar uma equipe o mais rápido possível.
O sub tenente informou que está a disposição da empresa para dá apoio quando estiver na região. Ele disse também que os policias têm parado a viatura para espantar os animais que ficam as margens das rodovias.” Mas é tudo em vão, não temos onde prendê-los e acabam voltando para a pista. Agora com este centro de zoonoses pode melhorar muito, pois serão levados para a fazenda e depois os donos serão identificados e caso deseje ter seu animal de volta precisa pagar uma taxa e se ele não tiver interesse de ir buscá-lo perderá para leilão ou mesmo doação para alguma entidade.”Disse o oficial.
Souza chama a atenção também dos agricultores que estão cercando a área pertencente ao DERBA para fazer plantação em tempo de chuva e agora na estiagem para alimentar os animais.” É irregular, os cercados que estão fazendo ficam muito próximos do acostamento e oferece perigo aos motoristas.Segundo determina a lei um cercado tem que ficar entre 10 e 15 metros de distância da pista.
Quando deixamos a Policia Rodoviária até Valente, numa distancia de 39 km observamos pelo menos nove animais se alimentando as margens das rodovias BA 409 e 120.O que observamos de positivo foi que todos estavam amarrados a uma corda, o que pode evitar a possível travessia da pista. Mas é preciso certificar se a corda está conservada e mantém o animal distante da pista.
Por: Raimundo Mascarenhas / foto: Sisalnews
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