Pela primeira vez a Assembleia Legislativa da Bahia, realiza uma audiência pública, para debater as políticas públicas de tratamento aos animais, no Plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães. A ocasião aconteceu na manhã desta terça-feira (22) e discutiu amplamente o assunto também relacionado a um problema de saúde pública, que afeta o meio ambiente, a população dos animais e seres humanos.
O autor do requerimento para a efetivação do encontro é o deputado e presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Casa Legislativa, José de Arimatéia (PRB), que desde o ano passado recomenda o debate do tema no colegiado, mas não pôde comparecer ao encontro por motivos de saúde. Contudo, foi substituído na audiência pelo parlamentar e membro titular da Comissão, Marcelino Galo, que presidiu toda ocasião.
Com a ausência de Arimatéia o deputado estadual, que é membro suplente da Comissão de Saúde, Sidelvan Nóbrega, se direcionou á tribuna do plenário, logo no início da audiência, para ler o pronunciamento de José de Arimatéia. “Como defensor dos animais e parlamentar, é triste, desesperador constatar a realidade que vive hoje os animais no nosso Estado e porque não dizer no nosso País? A situação é tão urgente quanto grave. Necessitamos urgentemente de ações de mudanças por parte de todos que lutam em defesa desses seres que são ainda tão injustiçados", registrou Arimatéia.
Autoridades, ativistas no campo de defesa dos animais, representantes de Organizações não Governamentais (ONGs), autoridades do Governo do Estado, além de deputados da Casa lotaram o plenário, para ouvir atentamente detalhes e temas levantados. Por diversas vezes vibravam com a discussão pautada nas mudanças necessárias nas politicas publicas dos animais.
Bastante aplaudida a presidente da Federação Baiana de Entidades Ambientalistas Defensoras dos Animais (FEBADAN), Ana Rita Tavares criticou á prefeitura de Salvador em relação ao controle populacional dos animais, que somente em Salvador há 100 mil animais abandonados. “A gestão municipal pouco tem feito pelos animais, não tem iniciativa em relação à castração. Vivemos numa situação de desespero com a quantidade de denúncias de maus tratos contra os animais, por isso que penso na castração como alternativa, além de campanha de guarda responsável e vacinação em massa”, ressaltou Ana Rita.
De acordo com o educador humanitário, Francisco Atayde, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, apontou que, dentre cem criminosos de alta periculosidade mais de 80% começaram a prática violenta contra os seres humanos cometendo atrocidades nos animais.“Não me considero um protetor dos animais, mas sim um defensor da vida. Dessa forma, tenho feito palestras em escolas e faculdade como forma de conscientizar adultos e principalmente crianças sobre a importância de despertar valore”, disse Atayde.
Enquanto o evento acontecia diversos animais que aguardam adoção encontravam-se na rampa da Casa Legislativa.
ASCOM Deputado José de Arimatéia
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