De janeiro a maio, 795 coletivos foram assaltados em Salvador
É muito castigo para a população de Salvador. Todo mundo sabe que qualquer soteropolitano paga pelos pecados quando o negócio é depender do sistema de ônibus da capital baiana. Diariamente eles esperam nos pontos - às vezes por muito tempo-, se espremem nos veículos e ainda sofrem com os assaltos a ônibus.
Somente entre janeiro e maio deste ano, 795 coletivos foram assaltados em Salvador, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Um aumento de 80% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram registrados 513 assaltos.
Com o objetivo de combater a prática, a polícia baiana quer instalar o 'botão do pânico' nos ônibus. O mecanismo é instalado perto das mãos ou dos pés do motorista, que pode acioná-lo quando o bandido entrar no veículo. A empresa do ônibus receberia o sinal e comunicaria o assalto à polícia. Em seguida, seriam deslocados agentes para o local do assalto para prender os criminosos.
Atualmente, quando um ônibus é assaltado, a polícia só tem conhecimento do crime após o fato. Depois que o carro é assaltado, o motorista comunica a empresa o ocorrido e depois conduz o veículo para uma unidade do Grupo Especial de Repressão ao Roubo em Coletivo (Gerrc).
A prática no entanto é rejeitada pela categoria. "Somos totalmente contra. Eles já tentaram fazer isso há alguns anos. O bandido fica sabendo disso e vai para cima do motorista. O que nós sugerimos é que as imagens captadas pelas câmeras, que foram instaladas nos ônibus, sejam enviadas para a SSP e não para a empresa. Eles querem que os motoristas façam o trabalho da polícia. O dever do Estado deve ser feito pelo Estado", declara o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado.
Possível greve dos rodoviários
Na quinta-feira (17), no Ginásio dos Bancários, os rodoviários discutem se entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da 0h da próxima quarta-feira (23). Na pauta de reivindicações dos trabalhadores está o reajuste de 15% a 20% do salário, jornada de seis de horas, 30 tickets ao mês e nas férias, a volta do quinquênio, quilometragem intermunicipal livre, PLR de salário e indenização das horas extras.
Por: Adelia Felix Foto: Bocão News // GIlberto Júnior
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