Apesar de o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ter afirmado em coletiva, nesta quinta, 17,, em Brasília, que o número de óbitos por causa da dengue no Brasil diminuiu 84% nos quatro primeiros meses do ano (janeiro a abril) em comparação com o mesmo período de 2011, passando de 467 para 74, os dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) mostram que a Bahia não acompanhou essa diminuição. Pelo contrário, teve crescimento de mortes de 64,7% se comparados os períodos deste ano e de 2010.
Segundo o boletim epidemiológico da Sesab, de janeiro a 7 de maio de 2011, ocorreram no Estado 11 óbitos e 17.485 casos da doença; destes, 141 graves. Este ano, até o dia 5 de maio, já foram registados 17 mortes e 37.293 casos, sendo 117 graves.
O coordenador estadual de emergência em Saúde Pública (Cevesp), Juarez Pereira Dias, explica que o crescimento se deve à maior agressividade do vírus ao longo desses dois anos. “A situação é de preocupação em decorrência de que o número de casos está de forma ascendente. O aumento de óbitos é preocupante, mas o que explicaria seria a forma como os casos estão aparecendo, de forma mais agressiva”, afirmou.
Ainda pelos dados divulgados pelo Ministério da Saúde na coletiva desta quinta, o Estado da Bahia está entre os oito estados com os maiores números de casos de dengue no país, atrás apenas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima, Pernambuco, Alagoas, Sergipe.
Segundo o Ministério da Saúde, nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 286.011 casos confirmados de dengue no Brasil. O número representa queda de 44% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram registrados 507.798 casos.
A dengue é causada por um vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: A tarde - Hieros Vasconcelos Rego
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