Entre os dias 06 e 09 de maio de 2012, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) promoverá em Feira de Santana um evento denominado “Celebração das Culturas dos Sertões”.
Serão quatro dias de atividades artísticas e culturais, encontro de estudos da cultura sertaneja e debates com personalidades que abordam este tema. Um evento publico que será realizado no Centro de Cultura Amélio Amorim.
Mas, que beleza! E eu com isso?Sertanejo não é a pessoa que vive no sertão? Por que vou celebrar o que não tem nada a ver comigo? EU VIVO NA CIDADE!
Entendo que seu questionamento pode seguir por essa linha, então vamos a uma pequena enquete. Responda e analise:
- Nas refeições da sua casa têm ou já teve: cuscuz, aipim, inhame, carne do sol?
- Você fala “oxe”, “visse”, “ave maria”?
- Sua família já fez compras em algumas das barracas localizadas nas calçadas da cidade?
- Na cidade onde você vive, ainda passam pessoas na rua com carroças puxadas por jumentos, cavalos, burros ou até bois?
- Você conhece alguma casa que possui fogão à lenha ou banheiro fora da casa?
- Em seu bairro, existem moradores que criam galinhas, porcos ou bois?
- Existem casas cercadas por estacas de madeira e arames?
Se você respondeu que sim, ao menos a uma dessas perguntas, parabéns! Você tem relação com a cultura sertaneja! E para quê celebrar essa cultura?
A CULTURA significa o que nos torna iguais em um grupo, mesmo com as nossas diferenças. São as nossas semelhanças: o nosso jeito de comer, de vestir, de agir. E depois de responder às perguntas citadas anteriormente, podemos perceber que existe um pouco de sertanejo em nós. Não é preciso nascer no sertão para ser um sertanejo, mas se a cultura sertaneja surge de forma natural em sua vida, “cabra”, você tem sim o que celebrar, por que você faz parte do grupo.
A identidade cultural da Bahia é quase unicamente associada à influência das culturas de descendências africanas. Os turistas nos reconhecem, por exemplo, pelas baianas, capoeira, a festa do Senhor do Bonfim, comidas como o acarajé, caruru, vatapá e maniçoba. Mas, 80% do território baiano derivam das culturas dos sertões, da vida no interior, e com o objetivo de valorizar estas culturas, difundi-las amplamente e discutir a sua diversidade e a importância para a formação da identidade cultural dos baianos é que a Secretaria de Cultura realiza este evento em um clima de celebração.
Segundo a Secretaria da Cultura, colocar as culturas dos sertões no foco das atenções é um passo importante para o entendimento de diversidade cultural da Bahia, possibilitando um novo olhar sobre as artes, saberes, práticas, tradições, inovações e personagens que compõem o universo do sertão.
Por isso, amigo sertanejo, mesmo que não possa aparecer nesta celebração, é importante que entenda o motivo de estar acontecendo em sua terra. Feira de Santana, conhecida como “Portal do Sertão” e também como “Princesa do Sertão” é uma cidade que nasceu da cultura sertaneja, dos vaqueiros e boiadeiros que passavam por este entroncamento para vender gado. Daí começa sua descendência.
Se puder, conheça o começo e meio dessa história. Isso é muito importante para você compreender o modo de vida do feirense de hoje, seus defeitos, qualidades e o que ele quer deixar registrado na história.
Por Rebeca Rodrigues - Extraído do Interior Da Bahia
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