Adolescentes trabalhavam mais de 12 horas por dia em colheita de café |
O Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), desmontaram na quarta-feira, dia 9, um esquema de exploração do trabalho de adolescentes, em fazendas de café na região de Camacan, no sul da Bahia (a 526 km de Salvador).
De acordo com o Inspetor Marcus Viniciu Rodrigues, chefe da delegacia da PRF em Itabuna, foram encontrados sete jovens de 16 a 17 anos que atuavam na colheita da café em duas fazendas do município.
“Os adolescentes nos contaram que trabalhavam de 5 da manhã às 18 horas e recebiam o valor de R$ 6 por cada saco de 50 Kg de grãos de café que colhiam. No mês recebiam em média entre R$ 250 e R$ 300”, disse o inspetor.
Ainda de acordo com a PRF, embora a situação de trabalho escravo não tenha se confirmado, constatou-se que os menores, bem como os demais trabalhadores, atuavam em situação degradante nas fazendas, que não possuiam banheiro disponível para os trabalhadores, cobertura para proteção da chuva, local para refeições ou equipamentos de proteção individual.
O proprietário das fazendas foi notificado pelo MPT e deverá comparecer em uma audiência em data ainda não divulgada.
Por Joa Souza, da sucursal Itabuna - A Tarde
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