Com Djavan a polícia encontrou drogas, armas, munição e colete a prova de balas
Líder do tráfico de drogas na região do São Gonçalo do Retiro, co-autor na execução de um policial militar, integrante da facção criminal Primeiro Comando da Capital (PCC) e nas horas vagas gostava de jogar bola. Esse é o currículo de Djavan Lázaro de Jesus, o “Dija”, 27 anos, preso na madrugada desta sexta-feira (04), no Conjunto Joanes, bairro do Lobato, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, com drogas, armas, munição, balança de precisão e colete a prova de bala.
“Dija” ficou famoso após ser preso em uma partida de futebol em comemoração ao seu aniversário de 26 anos, dia 1 de setembro do ano passado. O local escolhido para o “baba do pó”, como ficou conhecido, foi a praia do Farol da Barra. Em janeiro deste ano o acusado deixou a prisão após pagar fiança.
Prisão - Segundo informações de policiais da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Lobato) a prisão ocorreu quando uma guarnição realizava ronda de rotina e terminaram encontrando com Djavan e seu comparsa, Tiago Souza Santos, O “Tiaguinho”, 27 anos, em um beco do Conjunto Joanes. Os acusados atiraram contra os policiais e na troca de tiros “Tiaguinho” foi atingido no pé. Djavan conseguiu escapar e se escondeu na casa de um vizinho, mas foi encontrado. “Tiaguinho” foi encaminhado para o Hospital do Subúrbio e não corre risco de morrer.
Na local onde “Dija” estava escondido a polícia encontrou três capas para colete, um colete a prova de balas, R$ 454, 151 trouxinha de cocaína, 1,5 quilo da mesma droga embalada em um saco, mais de 1 quilo de crack, uma pistola calibre 380, aparelhos celulares e munição.
Em depoimento na 5ª Delegacia Territorial (DT), no bairro de Periperi, Djavan contou que trabalha para a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o acusado uma mulher faz a ligação entre ele e presos que também fazem parte da facção dentro do presídio, em Salvador. “Dija” era responsável pela venda da droga distribuida pelo PCC e ficava com 50% do que era arrecadado, a outra fatia era depositada na conta dos bandidos que gerencia todas as ações de dentro da prisão.
“Dija” também é apontado como co-autor na execução de um policial militar no dia 16 de março deste ano. Roque Viana Junior, 42 anos, que estava afastado da corporação desde 2005, trabalhava como segurança em um supermercado. Segundo testemunhas, cerca de oito homens estacionaram em frente ao local e pelo menos um deles entrou disparando vários tiros. O ex-PM foi atingido em várias partes do corpo e caiu ferido. Na fuga, um dos criminosos pegou a arma usada pelo policial e atirou até matá-lo.
A motivação para o crime teria sido um flagrante feito pela vítima. De acordo com a polícia a irmão de "Dija", identificada apenas como Simone, foi flagrada roubando o estabelecimento. Por vingança os irmãos planejaram a morte do policial que foi morto com 12 tiros.
O acusado segue preso na carceragem da 5ª delegacia e fica a disposição da justiça. Ele também vai ser investigado prestar depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHHP) que investiga a relação de "Dija" com assassinatos no bairro de São Gonçalo.
Por Alessandro Isabel - Fotos: Roberto Viana// Bocão News
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