O evento iniciou na última quinta-feira (24) e se encerrou nesta sexta-feira (25) com a presença significativa dos quatorze municípios integrantes da Bacia do Jacuípe.
Durante o Seminário aconteceram importantes discussões sobre a escassez de água no semiárido baiano e, em especial, no Território da Bacia do Jacuípe.
O evento contou com as presenças do poder público, associações, cooperativas, igreja católica, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Articulações do Semiárido (ASA), Movimentos Sociais, além de entidades mobilizadas em contribuir com as questões pertinentes à defesa da água.
Diante da crise que assola todo o semiárido e outras regiões do Estado da Bahia, não faltaram críticas ao comportamento perverso da humanidade, que tem contribuído para o surgimento das longas estiagens, principalmente com a exploração irresponsável das riquezas naturais das nossas matas e do subsolo.
Como reflexo desse mau uso desordenado da natureza, surgem, além das conseqüências negativas como mortes de animais, impactos na economia por conta da redução na produção leiteira e na desvalorização do rebanho bovino.
Outro assunto discutido, e repudiado por todos, foi as cestas básicas distribuídas pelo governo numa época de eleição. Para Valcir Rios, prefeito de Pintadas, “isso é uma espécie de humilhação com as famílias de baixa renda, além de funcionar como ferramenta para prefeitos angariar votos. Se o governo tem dinheiro para ajudas as famílias pobres, que dê um reajuste no benefício do bolsa família”.
Presente no evento, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Riachão do Jacuípe (STRRJ), Renivaldo Miranda, falou para os presentes sobre as medidas que tem adotado para amenizar as questões da seca que assola o seu município.
Etapas de discussão
Durante o Seminário foram determinadas três etapas com a seguinte nomenclatura: na etapa 1, que é de ‘ver’, houve um relatório mostrando os trabalhos desenvolvidos por cada município representado; na etapa 2, denominada de ‘pensar’, abriu-se a oportunidade das pessoas dialogarem sobre as temáticas existentes, sendo a falta de água a principal delas; e por último, a terceira etapa, a de ‘agir’, a mais esperada, quando foram elaboradas as propostas de carta compromisso junto às entidades representadas, objetivando ações enérgicas para combater as adversidades enfrentadas pelo sertanejo.
As entidades responsáveis que marcaram presença no Seminário Territorial Águas Bacia do Jacuípe, foram as seguintes: Articulação do Semiárido (ASA), representado por Agnaldo Rocha; CERB, representado por Alfredo da Silva Pinto; Banco do Nordeste (BNB), representado por Inocêncio Rubens; Banco do Brasil, representado por José Ivan Marciel; EMBASA, representada por Raimundo Nonato e Sílvio Ferreira Soares; Bacia do Paraguaçu, representada por Inemar Almeida; Movimento de Organizações Comunitária (MOC), representado por Ivamberg; INEMA, representado por Cláudia Regina; Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), representado por Valdomiro Lima; além da deputada estadual Neuza Cadore e do deputado federal Amauri Teixeira, ambos do PT.
Na próxima quarta-feira (30), uma comissão, juntamente com quatro técnicos, vão elaborar projetos que dêem sustentabilidade para a convivência no semiárido, em especial no Território da Bacia do Jacuípe.
Por Noroel Fernandez – enviado especial
Sindicato Rural de Riachão presente na discussão sobre a água em V. da Roça
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Riachão do Jacuípe (STRRJ), Renivaldo Miranda, também marcou presença no Seminário Territorial Águas Bacia do Jacuípe, realizado em Várzea da Roça, de quinta a sexta-feira, dias 24 e 25.
Aliado sensível com as questões direcionadas ao homem do campo, durante o Seminário Miranda destacou a importância da luta pelo acesso à água.
“É um momento onde estamos todos discutindo o problema da seca, que tem prejudicado drasticamente toda região do semiárido, e nessa oportunidade jamais poderia deixar de expressar a minha solidariedade com as pessoas simples do campo, que na sua maioria não tem recurso financeiro para amenizar o sofrimento de seus rebanhos”, pontuou.
O sindicalista ainda revelou à reportagem do Interior da Bahia que “providências estão sendo tomadas no sentido de, em curto prazo, as pessoas comecem a perceber tudo que acertamos neste seminário”.
Por Noroel Fernandez // Interior Da Bahia
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