05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente – Por Márcia Cedraz:

Em Busca de um Meio Ambiente Ecologicamente Sustentável

Há muito tempo a natureza vem emitindo sinais de esgotamento provocados pela ação predatória da humanidade. Atualmente, o planeta Terra vem passando por um momento histórico marcado por vários problemas ambientais: escassez de água potável, desmatamento, poluição do ar atmosférico, dos rios, mares, aquecimento global, falta de saneamento básico, aumento da produção do lixo urbano, agravo da desigualdade social e da pobreza.

Assoreamento do Rio Tocós em Ichu

Tal situação é fruto de um modelo de desenvolvimento econômico imposto pela sociedade moderna, que faz emergir o modo de produção capitalista sedimentado no processo industrial, que consegue modificar a forma e a capacidade do homem intervir na natureza para satisfazer suas necessidades e desejos. Historicamente, esse processo da ação humana sobre a natureza vem se intensificando e tornando um fator determinante para o desequilíbrio ambiental.

À medida que esse modelo econômico vem ocasionando efeitos negativos, surgem diversas manifestações e movimentos que discutem e refletem sobre o perigo que a humanidade corre ao agredir o seu meio ambiente. É neste contexto que, no fim do século XX surge à área do conhecimento em Ecologia, um novo ramo das Ciências Naturais. Após a década de 1970, o termo passa a ser usado como sinônimo de meio ambiente; e na Conferência de Estocolmo, em 1972, 05 de Junho ficou fixado como Dia Mundial do Meio Ambiente; a ECO 92, no Rio de Janeiro, o Protocolo de Kyoto no Japão, a CNBB vem abordando  em Campanhas da Fraternidade e tantos outros.

Neste mesmo sentido, a Constituição Brasileira de 1988, Art. 225, reza: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações”. Ainda no Artigo 225, Parágrafo 1ª e Inciso VI, lê-se: “Compete ao Poder Público promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. Por tanto, percebe-se que a temática ambiental vem sendo discutida em vários espaços da sociedade, e se torna mais urgente no cenário atual. Para tanto, é necessário a mobilização, a participação da sociedade para a tomada de consciência na incorporação de hábitos ecologicamente sustentáveis, que garantam a preservação do meio ambiente

Com base no que foi exposto, podemos dizer ainda que na sociedade moderna capitalista existem várias datas comemorativas voltadas para o aquecimento do mercado e a expansão do capital (dia das mães dos  pais,dos  namorados, festas de final de ano e tantas outras), mas também existem outras a exemplo: Dia da Consciência Negra, Dia Internacional da Mulher, Dia do Meio Ambiente, etc. Estas últimas, surgiram pelas lutas sociais e pela comunidade acadêmica, mediante  graves problemas desencadeados pela sociedade historicamente. Assim sendo, 5 de Junho, Dia Mundial do Meio Ambiente é lembrado de forma reflexiva. Portanto, precisamos  adotar novas posturas  tais como:  pense antes de jogar alguma coisa no lixo. Você pode reutilizá-la. Pode ser útil a outra pessoa; consuma somente o que realmente necessário; compre itens com menos embalagens ou com embalagens recicláveis e não tóxicas; mantenha sua comunidade limpa, não jogue lixo nas ruas e nem nos rios; promova ações para cobrar dos responsáveis a garantia do cuidado com o meio ambiente; tome banhos curto. Banhos curtos de 5 a 15 minutos economizam água e energia elétrica; quando for dar descarga no vaso sanitário, aperte a válvula apenas o tempo necessário e não jogue papel no vaso; para escovar os dentes, abra a torneira no início e no final da escovação; consuma produtos que venham da agricultura que respeite o ambiente e que use menos pesticidas e químicas que poluem lenções  freático, lagoas e rios e outros.

Finaliso parafraseando, Pe. Osmar Coppi, “Que saibamos cuidar da vida que há dentro da gente e em todo lugar. Que saibamos cuidar da vida que há na terra e no mar”.

 Por Marcia Cedraz,

Licenciada em Geografia pela UEFS.

Fonte: Site AL NOTÍCIAS