A Casa de Farinha Comunitária de Mombaça, no município de Serrinha, se prepara para produzir farinha dentro dos padrões da vigilância sanitária. A forma tradicional de fazer farinha teve de ser adaptada às novas exigências, por motivos higiênicos, conforme informou o presidente da Associação, José Roberto de Jesus Santos.
Com a orientação técnica da EBDA, a Associação de Mombaça conseguiu se habilitar ao modelo de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS) e ter o seu projeto de casa de farinha financiado pela Fundação Banco do Brasil (FBB). Outra medida orientada pela EBDA foi a elaboração da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), para pessoa jurídica, que habilitou a associação a obter crédito do Programa Nacional da Agricultura Familiar, conforme destacou o engenheiro agrônomo da empresa, Carlos Alexandre Alves de Araújo.
Para o presidente da associação, ver o prédio pronto com os equipamentos instalados é um sonho que se realiza para a comunidade. “Foram dez anos de tramitação do projeto, até a sua aprovação em 2010.
Fizemos cursos, visitamos fábricas em Santo Antônio de Jesus e fomos em Lagarto (SE), conhecer os equipamentos”, disse ele. O investimento da FBB foi de R$168 mil, sendo R$68 mil destinados à compra de equipamentos como a descascadeira automática, a prensa e o forno.
Com esta estrutura a fábrica poderá atender a 50 agricultores familiares, que antes chegavam a perder a mandioca plantada por falta de capacidade de produção. “Isso preocupava muito a gente, e agora este problema está praticamente resolvido”, observou Santos.
Outro segmento que terá incremento com a fábrica, é o de produção de sequilhos, realizado pelo grupo de mulheres da associação. Com produção atual estimada em mil quilos por mês, a expectativa da associada Maria Cassiana Lima é de que, com a fábrica, seja possível aumentar a produção, para o fornecimento à merenda escolar do município de Serrinha. “Temos 102 receitas de sequilhos para produzir”, garantiu Cassiana Lima.
A sustentabilidade ambiental da fábrica é outro cuidado do presidente da associação de Mombaça. “A associação tem 70 tarefas destinadas à reserva estratégica, para produção de lenha para abastecer o forno”, informou o presidente. Segundo ele, o suprimento sustentável de lenha foi uma das exigências da Fundação Banco do Brasil. Sua intenção é conseguir mais recursos para a instalação de um viveiro para produção de mudas de espécies lenhosas, para alimentar o forno da fábrica.
Ascom/Seagri
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