Em 93 dias de greve, os professores da rede estadual farão hoje a primeira rodada de negociação com representantes do governo.
A reunião acontecerá na sede do Ministério Público do Estado da Bahia (MP), que está intermediando um possível acordo.
Os professores já haviam debatido com o procurador-geral do MP, Wellington Lima e Silva, na terça-feira (9). Já o governador Jaques Wagner se reuniu ontem, às 14h30, na sede do MP, com o procurador-geral e os secretários da Educação, Osvaldo Barreto, e da Administração, Manoel Vitório.
Na reunião, foi apresentado o detalhamento das contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do orçamento de 2012.
“Mostrei
ao Ministério Público todos os números. Foi entregue também para eles
(os professores) apontando realmente que a situação fiscal do estado é
apertada, mas que há boa vontade, como sempre houve”, disse o
governador, que manteve a proposta oferecida em junho de dividir o
reajuste em duas parcelas de 7%, uma em novembro deste ano e outra em
abril de 2013.
Os
professores farão uma assembleia geral amanhã, às 9h. A expectativa do
governador é positiva. “O espírito de todos aqui, inclusive o meu, é de
encontrar uma solução que seja referendada na sexta-feira”, disse.
Um
dos pontos divergentes na negociação é a extensão do pagamento do
reajuste, que não poderia ser pago aos professores em estágio probatório
por impedimento legal. Outra reinvindicação dos professores é a
revogação das punições, como cortes de salários e demissões ocorridas na
greve. “Quanto a esses procedimentos, há uma largueza, porque é muito
mais por uma questão política e não fiscal”, disse Wagner.
Segundo a Secretaria da Educação (SEC), até ontem, 64,28% das 1.408 escolas estaduais estariam funcionando normalmente, sendo que das 303 escolas totalmente paradas 237 estão em Salvador e Feira de Santana.
Informações do Correio, extraído do Interior da Bahia
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