quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta do governo e podem parar


imageAs negociações foram iniciadas há mais de um mês
Um impasse nas negociações da campanha salarial 2012 podem levar mais de 120 mil trabalhadores dos Correios à paralisação das atividades em todo o país.

Cerca de 17  mil trabalhadores em Minas Gerais e no Pará já decretaram greve ontem (10/09) e outros estados decretarão após assembleias que serão realizadas nos dias 18 e 25 de setembro. A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$ 200 linear, ticket de R$ 35, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores, o fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho.

As negociações foram iniciadas há mais de um mês. No entanto, a empresa ofereceu uma proposta de reajuste inicial de 3%, o que foi rejeitado por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o país. Segundo a Federação Nacional dos trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), a proposta sequer repõe o índice inflacionário do período. Na última semana, a empresa voltou a fazer nova proposta de 5,2%, também rejeitada nas assembleias já realizadas.

O reajuste proposto pela entidade, de 43,7%, se refere a soma de perdas salariais que a ECT deve à categoria desde o Plano Real, mais a inflação do período e o aumento real. As péssimas condições de trabalho, como falta de pessoal, equipamentos e segurança nas agências são alguns dos pontos de reivindicações da categoria.

Apesar das tentativas de negociação, a empresa alega não haver o orçamento para o aumento, na tentativa de reeditar do dissídio coletivo do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em 2011, após 28 dias de greve, o TST, apesar de não considerar a greve abusiva, decidiu pelo reajuste de cerca de 6% mais R$ 80 linear.

No próximo dia 18, os trabalhadores de Mato Grosso, Bauru, Amazonas, Campinas, Ceará, Goiás, Sergipe, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São José do Rio Preto, e Vale do Paraíba avaliarão a deflagração da greve. No dia 25 poderão ser paralisados os serviços em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo, Juiz de Fora, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto, Santa Maria e Santos.

Assessoria de Comunicação

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