Espingardas, revólveres, num total de 27 armas, munição, armadilhas, 147 animais silvestres, além de significativa quantidade de caça abatida. O material foi apreendido este domingo (dia 21) durante a 'Operação Caipora' realizada pelo Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Meio Ambiente (Ceama), Núcleo Mata Atlântica (Numa), Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) e Núcleo de Inteligência Criminal (NIC); em parceria com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental da Polícia Militar (Coppa); do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Polícia Civil. Coordenada pelos promotores de Justiça Oto Oliveira Júnior e Karinny Guedes, a operação contou ainda com a participação dos promotores Marcelo Guedes, Yuri Mello, Tiago Quadros, Audo Rodrigues, Ariomar Figueiredo, Marcelo Miranda e Gervásio Lopes.
A operação foi estruturada com base em notícias apuradas pelo serviço de inteligência da Base Ambiental de Amargosa que davam conta da existência de diversos caçadores na área de atuação da base. A partir daí foram expedidos os mandados de busca e apreensão cumpridos ontem nas comarcas de Ubaíra, Santo Antônio de Jesus, Santa Terezinha e Amargosa. De acordo com Oto Oliveira Júnior, promotor de Justiça Regional Ambiental da Base de Amargosa, os animais apreendidos na operação já foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Setas) e estão vivos e bem. “Agora, de posse do material apreendido, vamos apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos”, pontuou o promotor.
Além do aspecto criminal, a operação teve um caráter educativo. Durante a execução dos mandados, a equipe, formada por membros do MP e representantes da Coppa, do Inema e da Polícia Civil, conversou com os suspeitos, prestando esclarecimento sobre a ilegalidade das condutas verificadas e também dos prejuízos que estas práticas causam ao meio ambiente. “Conscientizar a população é tão importante, senão mais, quanto punir. Afinal, é a partir desse desenvolvimento de uma consciência ecológica que deixaremos de ter crimes como esses no futuro”, concluiu Oto Oliveira.
ASCOM/MP
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