O resultado das eleições do último domingo mostrou que a maioria dos ichuenses considerou que o município precisava de mudanças. Isso ficou demonstrado com uma vitória convincente do grupo da oposição. Talvez essa vitória se deva ao fato de que ao longo da campanha o candidato a prefeito Antonio George Ferreira Carneiro tenha conseguido emplacar um discurso clássico de quem está na oposição: o de que o governo está ruim, o continuísmo não serve e que a oposição é a mudança que o povo precisa. Mas quem ganha uma eleição carrega uma responsabilidade muito grande.
Quando a vitória em uma eleição vem de um candidato da situação ela é, geralmente, mais cômoda porque subentende-se que a opção do povo é continuar no que está. Mas para um candidato de oposição, a vitória traz a responsabilidade de fazer diferente, de implementar mudanças. E mudar não é fácil. Por isso, o maior desafio para o próximo prefeito será o de mostrar que fará diferente. Não pode simplesmente deixar transparecer que mudou apenas as pessoas. É preciso mudar as ações do governo e atender as necessidades do povo, mas, para isso, são muitos os desafios. O próximo prefeito precisa, por exemplo, superar as desconfianças que ainda rondam em relação ao seu grupo político, principalmente em relação aos servidores públicos.
Além de honrar as obrigações enquanto um gestor público é preciso inibir toda e qualquer medida ou atitude em seu governo que caracterize perseguição, retaliação ou represália por questões políticas a trabalhadores ou a qualquer cidadão. No que se refere aos servidores públicos sabemos, por exemplo, que há muitos funcionários com desvio de função e outros que não cumpre com sua carga horária normal de trabalho devido a relações de apadrinhamento, privilégios ou descaso por parte dos gestores. Mas como resolver isso sem envolver questões político-partidárias? Como fazer isso de forma que todos entendam que se trata de uma medida administrativa? É um dos problemas que precisa ser encarado de frente já no início do governo e procurar resolvê-lo envolvendo a participação dos próprios trabalhadores.
Além de honrar as obrigações enquanto um gestor público é preciso inibir toda e qualquer medida ou atitude em seu governo que caracterize perseguição, retaliação ou represália por questões políticas a trabalhadores ou a qualquer cidadão. No que se refere aos servidores públicos sabemos, por exemplo, que há muitos funcionários com desvio de função e outros que não cumpre com sua carga horária normal de trabalho devido a relações de apadrinhamento, privilégios ou descaso por parte dos gestores. Mas como resolver isso sem envolver questões político-partidárias? Como fazer isso de forma que todos entendam que se trata de uma medida administrativa? É um dos problemas que precisa ser encarado de frente já no início do governo e procurar resolvê-lo envolvendo a participação dos próprios trabalhadores.
A otimização dos recursos públicos será outro grande desafio para o proximo prefeito. Usar adequadamente o patrimônio público, otimizar a receita e os recursos humanos, controlar rigorosamente os gastos, eleger prioridades e investir nas principais necessidades do município não será apenas uma opção para o próximo gestor. Trata-se de uma necessidade para que a gestão seja levada a sério e para que o município adquira capacidade de investir. Não é uma tarefa simples e fácil, mas possível desde que se promova o envolvimento e o comprometimento de todos os gestores e servidores, traçando estratégias para ampliar as receitas próprias, a captação de recursos e a celebração de parcerias. Sem fazer isso o município continuará engessado e totalmente dependente de verbas estaduais ou federais para realizar as mais simples ações.
O próximo prefeito terá ainda que estabelecer uma nova relação com a Câmara de Vereadores. É de conhecimento público que as relações entre executivo e legislativo no município costumam ser pautadas por interesses particulares com vereadores sempre esperando algo em troca para dar apoio ao prefeito. A relação entre Prefeitura e Câmara Municipal precisa ser pautada exclusivamente pelos interesses do município de forma institucional e respeitando os limites constitucionais de cada poder. Para isso o próximo prefeito conta com uma ampla renovação no quadro de vereadores para a próxima legislatura, tendo a oportunidade de construir uma nova relação de interdependência e de garantir a chamada governabilidade.
O próximo prefeito terá, portanto, muitos desafios e tem a obrigação de encará-los de frente porque é isso que as pessoas que lhe deram um voto de confiança esperam. Tem que mostrar pra que veio e será importante aproveitar a alta popularidade para fazer as mudanças, agindo de forma a fazer com que todos entendam que governará para todos e não apenas para um grupo político como muitas vezes acontece em municípios pequenos como o nosso. Por isso será necessário muito empenho e trabalho duro para que a mudança aconteça e traga melhorias para o nosso povo.
Lucas Rondinelle
Fonte: AL NOTÍCIAS
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