A Rádio independente FM de Ichu
marcou presença no festival
A cada ano o festival de Samba de
roda organizado por José Cândido e que é realizado em Riachão do Jacuípe vem se
superando, tanto pela organização quanto pela participação do público amante
desta que é uma das maiores festas culturais da região do Jacuípe.
Sempre acontecendo
no 3º sábado de novembro de cada ano, neste ano não foi diferente, o festival
foi realizado neste sábado dia 17 e contou com a participação da dupla de
violeiro Maracujá e Nadinho, os aboiadores Ruy e Deraldo, os grupos de samba
Sufoco da Fumaça, Os Sambadores Silvano, Zé Beté e Pedrito, Grupo Raízes do
Campo, Grupo Ramos, Grupo Reizado de Cabaceira e o Grupo Topa Tudo.
Depois da abertura realizada pela
dupla de violeiro Antônio Maracujá e Nadinho seguido pela dupla de aboiadores
Ruy e Deraldo, o grupo local Sufoco da Fumaça deu prosseguimento ao evento com muitas
Chulas e Batuques, o público muito animado sambavam sem parar e a felicidade
era nítida no semblante das pessoas que tem no samba uma forma de transmitir
suas alegrias.
Agnaldo Nativo Queiroz de
Oliveira mais conhecido como Nadinho que é presidente do grupo Sufoco da Fumaça
de Riachão do Jacuípe gostou da apresentação do seu grupo, segundo ele o grupo fez
bonito no festival e que por isso é que estão presentes em todas as
edições, lembrou.
Confira
abaixo a entrevista com Nadinho o presidente do grupo Sufoco da Fumaça de Riachão do
Jacuípe logo após sua apresentação no festival:
Dando continuidade ao festival,
os sambadores Silvano, Zé Beté e Pedrito trouxeram muitas chulas e batuques
para o público presente. Este grupo é diferente dos demais, pelo fato do número
pequeno de integrantes, “três ao todos” sendo utilizado o Cavaquinho como principal
instrumento e os demais instrumentos sendo tocado em Playback. Apesar de pouca
gente no grupo, o trio mostrou que conhecem muito de samba mostrando porque sua
agenda de show está sempre lotada.
Muito satisfeito com a apresentação do trio, Silvano destacou a importância da chula o que para ele antes era
uma cantoria de pé de parede e hoje tem evoluído bastante apesar dele achar que
ainda falta muita coisa a evoluir. Segundo Silvano, a chula á como se fosse um jornal.
“A chula mesmo é como um jornal, tem o jornal falado, escrito e televisionado, a
chula é um jornal cantado, que passa uma coisa ali, uma enchente, agente faz a
chula e canta, é um jornal, agente dar a notícia”, compara.
Confira
abaixo a entrevista com o cantor Silvano do trio SILVANO, ZÉ BETÉ E PEDRITO logo
após sua apresentação no festival:
O grupo Raízes do Campo de Pé de
Serra que é comandada por uma mulher, a senhora Venância Sônia Carneiro Rios a
SÔNIA, deu um show a parte. O diferencial deste grupo é a participação de
jovens, pois era notória a presença de adolescentes entre os seus integrantes.
Sônia que pela terceira vez
participa do festival disse que é um motivo de muita alegria está participando
pela primeira vez com o seu próprio grupo, ela lembra que em outras duas
edições ela esteve participando pelo grupo, Levando Amor de Ipirá. Ainda segundo
Sônia, enquanto ela estiver com saúde que estará contribuindo pela preservação
desta cultura popular para que nunca se acabe, disse.
Confira a
entrevista abaixo com Sônia a presidente do Grupo Raízes do Campo da cidade de Pé de
Serra logo após sua apresentação no festival:
O grupo Ramos que é de Riachão do Jacuípe e tem Manoel
Pedro Ramos mais conhecido como Raminho Ambrósio de 71 anos como presidente deu
prosseguimento ao festival arrancando aplausos do público presente. Este grupo se
destaca principalmente pela média de idade de seus integrantes, talvez seja o
grupo com a média de idade mais alta entre todos os outros grupos participantes
do festival. Seu Marinho de 78 anos morador do povoado de Vila Guimarães é um
deles, ele conta que apesar da idade ele ainda amanhece o dia em um samba de
roda, conforme afirmou para nossa equipe.
Raminho disse em entrevista para nossa equipe que sambar é
uma coisa que ele gosta muito e mesmo com a idade que tem que ele não mede
esforço para sambar. Ele ainda destacou a origem do grupo RAMOS, segundo ele este
grupo foi criado a partir de um racha no grupo Sufoco da Fumaça e que isso
aconteceu depois de um desentendimento entre ele e o líder daquele grupo,
lembrou.
Confira
abaixo a entrevista com Raminho Ambrósio presidente do grupo Ramos de Riachão
do Jacuípe logo após sua apresentação no festival:
O grupo Reizado de Cabaceira da
cidade de Conceição do Coité também fez muito bonito, o grupo foi o penúltimo
a se apresentar e foram aplaudidos pelo povão que sambavam ao Ritmo de cada Chulas e Batuques que eram cantados por eles.
Geraldo Henrique das Mercês, mais
conhecido como Geraldo da Cabaceira que é o presidente do grupo, destacou o
reconhecimento do público durante sua apresentação, segundo ele apesar de alguns
erros o grupo se superou o que lhe deixou muito feliz por ver o público
cantando as chulas e batuques juntos com eles. Geraldo disse ainda, que com
esta, já são oito vezes que o grupo participa deste evento e que sempre tem
sido campeão, ele disse ainda que a cada festival eles tentam se aprimorar para que
o seu trabalho possa ser a cada dia mais reconhecido. Ele também lembrou que o
grupo Reizado de Cabaceira vem de longas datas, sendo uma tradição que vem passando de pai para filhos e já está aí por mais de 60 anos fazendo história desde o seu pai e que hoje ele vem a 15 anos a frente dando continuidade a este belo trabalho, lembrou.
Confira
abaixo a entrevista com Geraldo da Cabaceira presidente do grupo Reizado de
Cabaceira de Conceição do Coité logo após sua apresentação no festival:
Fechando com chave-de-ouro por
volta de 2h e 30m do domingo dia 18, o ultimo grupo entrou no palco para se
apresentar, foi o grupo Topa Tudo da cidade de São Domingos que encerrou os
festejos da maior festa da cultura popular da cidade de Riachão do Jacuípe.
Antes de entrar no palco para se
apresentar o presidente do grupo, o senhor Eriberg Pereira da Cruz, mais
conhecido como Berg Falou para equipe da Independente FM da expectativa para o
show, segundo ele a festa tá boa toda e que o público vão gostar da
apresentação do grupo “Topa Tudo”, ele disse ainda que a quase seis anos que este
grupo vem procurando preservar esta cultura do Samba de Roda e que tudo começou através
do boi de roça e que hoje o grupo vem forte e que pretende se fortalecer mais a
cada dia, garante.
Confira
abaixo a entrevista com Eberg presidente do grupo Reizado de Cabaceira de
Conceição do Coité antes de sua apresentação no festival:
Dona Antônia Ferreira da Silva,
moradora na fazenda Bom Jardim em Riachão do Jacuípe surpreendeu a nossa equipe
que flagrou ela sambando com uma única perna. Ela tem uma deficiência física possuindo apenas uma
das pernas sendo necessária a utilização de muletas para
sua locomoção e mesmo assim ela estava no meio do público sambando sem parar
surpreendendo nem só a equipe da Rádio Independente FM como também a algumas
pessoas que presenciaram o fato. Ela disse que sente muita alegria em
participar deste tipo de festa e que a falta de uma das pernas nunca lhe
impediu de sambar e que faz isso por que ela gosta muito, destacou a aposentada.
Outra pessoa também que surpreendeu
a nossa equipe foi o cadeirante José Vilson de 53 anos, ele é morador da
Avenida Eliel Martins em Riachão do Jacuípe e nos contou que esteve presente em
todos os festivais de samba de roda que existiu em Riachão do Jacuípe e segundo
ele onde estiver um samba que ele estará por lá porque o samba é uma coisa que
ele gosta desde criança, lembrou.
Seu Vilson ainda disse que aos 2
anos de idade ele sofreu uma paralisia e que lhe deixou de cadeira de rodas mas
segundo ele nunca perdeu sua alegria de viver apesar das dificuldades.
Avaliação do Organizador:
De
acordo José Cândido organizador do evento, ele ficou bastante feliz com o
resultado do 11° Festival, segundo ele a cada ano tem aumentado o público e que
este ano apesar da estiagem que vive a região que o evento superou todas as
expectativas, tanto no público quanto nas apresentações que foram todas de alta
qualidade, pontuou. Ele destacou ainda, a importância de manter viva a cultura
do samba de roda, segundo ele, nunca medirá esforços para que o samba permaneça
vivo em nossa região. Ele lembra ainda que hoje, muitos jovens já estão
participando deste tipo de festa o que tem deixado ele bastante feliz.
Ele
nos revelou também, que pretende fazer uma festa ainda melhor na 12ª edição no
ano que vem. De acordo seu José Cândido sua vontade é de realizar um festival
com mais participantes nem que para isso ele tenha que realizar em dois dias.
Ele lamenta a falta de apoio do poder público municipal com este tipo de evento,
segundo ele se não fosse o comercio local este festival não aconteceria porque o
poder público não está nem aí para a cultura do Samba de Roda na região,
desabafou.
Pelo
visto, esta queixa não é única de José Cândido, os líderes dos grupos também
criticaram a falta de apoio por parte do poder público para com a cultura do
samba de roda e você pode observar no áudio das entrevistas acima que todos eles
falam a mesma coisa a respeito deste assunto e isso tem deixado todos eles que
lutam pela preservação desta cultura, chateados.
Confira
abaixo a entrevista com José Cândido organizador dos festivais Regional de
Samba de Roda que aconteceram em Riachão do Jacuípe:
Por Valdir Carneiro e
André Nilton
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