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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Senhor Manoel, que matou a ex-esposa esfaqueada na véspera do Natal de 2012 foi julgado em Riachão

 
Aconteceu na manhã desta quarta-feira (04), o julgamento do senhor Manoel Ribeiro de Lima, mais conhecido como "Mané Preto", no ano de 2012, no dia 22, véspera de Natal, ele matou com 19 facadas sua ex-esposa, a senhora Amauzilia Soares.

Na época os relatos deram conta de que o acusado queria reatar seu casamento com a vítima, que por sua vez não aceitava a volta, e também reclamava das constantes "bebedeiras" do senhor Manoel, no dia do crime, o mesmo foi até a casa de Dona Amauzilia levar uma feira, pois costumava fazer suas refeições na casa da vítima, e numa discussão a esfaqueou, causando sua morte de imediato.

O julgamento foi presidido pela Exmaª Juíza Juliana Medeiros, teve como representante do Ministério Público (Acusação) a Exmaª Promotora Andrea Lemos e representando a defesa o advogado Marcelo Guimarães. 

O julgamento começou às 9hs, com a escolha dos sete jurados, que tomaram seus lugares e receberam cada um, cópia dos altos do inquérito, que foi lido as partes principais pela juíza e acompanhado pelos mesmos.

O primeiro a ser ouvido, foi o filho do acusado e da vítima, como testemunha de acusação, ele contou como foi o dia do crime, e como encontrou a mãe morta dentro da própria casa, falou das brigas constantes do casal, e que quando criança, o pai o batia, e agredia, tonto ele quanto os irmãos, chegando ao ponto de um dia bater na cabeça dele com um taco de sinuca.

Depois um vizinho, o Senhor Agenor, deu seu testemunho, e falou também que no dia do crime, o acusado correu e tentou entrar em sua casa, que fica ao lado da casa da vítima, e que o réu, neste momento estava "lavado" de sangue dos pés a cabeça, e que ao receber a negativa de entrar na casa, tentou forçar a grade, sem êxito, saiu em direção ao Posto Shell, onde teria tentado se lavar para tirar o sangue de Dona Amauzilia da roupa e do corpo. Disse ainda que depois o acusado ficou indo e vindo na rua onde cometeu o crime, até que a viatura chegou e o levou preso.

O PM que comandava a guarnição do dia também depôs, disse como encontrou o senhor Manoel (acusado), que o mesmo estava aparentando leve embriagues, e que estava todo molhado, ao perguntarem no posto de gasolina, os frentistas disseram que o acusado teria se lavado em uma torneira do local. O PM disse ainda que após recolher o réu, o levou para a D.P. (Delegacia de Policia), onde o senhor Manoel ficou custodiado à disposição da justiça.


Após estes depoimentos a Juíza e Promotora ouviram e fizeram perguntas ao réu, que a todo instante alegava uma embriagues, e disse não se recordar de nada, depois acabou se contradizendo, ao falar que lembrava até o momento que chegou na casa onde matou a ex-mulher. Isso levou a Promotora, chamar o esquecimento do réu de conveniente, o advogado de defesa alegou também a embriagues, e na sua defesa esplicou artigos da lei que tirariam do senhor Manoel, parte da culpa do crime, por "não responder" pelos seus atos no momento da tragédia.

Todos os filhos do casal estava no fórum acompanhando o julgamento, a cada momento que era mencionado o nome da senhora Amauzilia ou como o crime aconteceu, todos choravam, pediam justiça, mas de forma discreta e comportada, sem tumultuar a ordem do recinto. 

Após 4 horas ininterruptas de discussões e debates entra a defesa e acusação e das oitivas, foi decidido levar adiante o julgamento, encaminhando os jurados à sala secreta para que pudessem confabular e decidir pela culpa ou absolvição do réu.

Depois de uma hora reunidos, a sentença foi definida e de volta ao plenário no fórum Abelard Rodrigues, a Exmaª Juíza leu  ao publica a decisão, e "Mané Preto" foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado, por homicídio qualificado com motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Logo depois da sentença lida o advogado do acusado pediu o prazo para recorrer, e pelo fato do réu ser primário, foi possibilitado o mesmo aguarda o resultado em liberdade, fato que revoltou os filhos.

Sendo assim o acusado Manoel Ribeiro "Mané Preto", tem 15 dias de liberdade, mas segundo a promotora, dificilmente a pena será mudada, e fatalmente o acusado será preso e encaminhado a um presídio, isso se ele não fugir neste prazo estipulado para seu advogado recorrer da sentença. Revoltados os filhos esperaram na porta do fórum a saída do assassino da mãe deles.

O senhor Manoel e a senhora Amauzilia, viveram juntos por 40 anos, os dois se conheceram na adolescência, casaram tiveram 7 filhos, e o final desta história que tinha tudo para ser feliz, foi triste e trágico.

VEJA O VÍDEO (EXCLUSIVO):

REPORTAGEM ESPECIAL E FOTOS - ALANA ADRIELLE - HORA DA VERDADE

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