Na região do Maracujá, Coité, animais comem o bagaço do chão
Apesar das chuvas recentes que
caíram em algumas regiões do município de Riachão do Jacuipe, o quadro
ainda é de dificuldades para a maioria dos produtores rurais, que
sentem, principalmente, a falta de água e alimento para o sustento dos
animais.
A situação não é diferente para os
municípios vizinhos. Há cerca de 30 dias, nossa reportagem passou pela
região do Maracujá, em Conceição do Coité, e flagrou animais comendo na
terra viva, sem encontrar o capim tradicional na região. Além dos
bovinos, os caprinos e ovinos também “vegetam” pelos pastos sem
encontrar o que comer.
Além desse quadro difícil, a falta de
água atinge também os moradores da zona rural, que sentem a falta de uma
represa de grande porte para abastecer as suas residências.
Mas na zona urbana os moradores da
região também sofrem com a crise de água, principalmente com as
constantes manutenções da rede adutora da Barragem de São José e Pedras
Altas, que abastecem os municípios da região.
Entre todos os municípios, um dos
mais prejudicados é Ichu, onde os moradores convivem com a falta de água
constantemente. Além de a água faltar constantemente nas torneiras da
cidade, na zona rural a situação é mais difícil ainda. Tanto os
moradores quanto os animais tem sido socorridos através de carros pipas,
que abastecem em represas de Riachão do Jacuipe e Conceição do Coité.
Fenômeno atípico
Mostrando as mudanças do tempo, as
chuvas que caíram nos últimos 30 dias foram abundantes em algumas
regiões, mas em outras praticamente elas não aconteceram.
“Tá tudo diferente de antigamente. Às
vezes chove em uma propriedade e não chove na do vizinho. Isso é uma
coisa estranha, que não é como antigamente. Quando chovia era trançado,
passando em todo lugar”, disse um morador da região de Terra Branca, em
Riachão do Jacuipe.
No último sábado (06) parece que a
lamentação desse produtor teve razão. Por volta das 17 horas, uma chuva
caiu na sede do município de Riachão do Jacuipe, chegando a formar
fortes correntezas de água pelas ruas. Mas quem circulou pelo interior
do município percebeu que as chuvas aconteceram quase que exclusivamente
na sede, deixando as outras regiões na vontade.
“E estranho. Lá em minha casa não deu
nada, malmente uns ‘barrufos’, que nem molhou a terra. Mas acho que ela
(a chuva) não vai demorar, pois o forte calor está sinalizando isso”,
disse um morador da região do Ponto Novo. Informações do Interior Da Bahia/Texto e foto: Evandro Matos.
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