Dezenas
de servidores que estiveram participando da sessão ordinária da Câmara
de Vereadores de Ichu realizada na noite de ontem, 03, saíram frustrados
após o Projeto de Lei 003/2015 de Autoria do Poder Executivo não ter
sido votado pelos parlamentares.
O referido projeto foi apresentado na
semana passada, mas os vereadores encontraram alguns problemas como o
pagamento retroativo a fevereiro para os profissionais do magistério,
quando deveria ser em janeiro. Os pares não concordaram também com
valores estabelecidos para algumas áreas a exemplo de Pedreiro.
Na
tribuna, o vereador Beto Santiago (PHS) citou também que no projeto não
citava o Piso Salarial dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias
que é de R$ 1.014,00 conforme estabelecido pelo Governo Federal.
Desta forma, o vereador Edvaldo Apolônio
(PROS) pediu vista ao Projeto e foi atendido pelo Presidente da Câmara.
Sendo assim, o mesmo foi retirado para as devidas correções.
A complicação é que desde janeiro que os
servidores estão recebendo os seus vencimentos sem o reajuste do novo
salário, e fica o impasse se a administração irá pagar o mês de
fevereiro ainda essa semana com o valor antigo, ou se vai aguardar a
Câmara aprovar o projeto para efetuar o pagamento posteriormente.
A vereadora Lúcia Maria informou que
nesta quinta-feira, 05, às 09 da manhã, haverá uma reunião com Dra.
Patrícia Falcão (Assessora Jurídica) para discutir a questão dos Agentes
de Endemias e Saúde, pois a advogada teria dito que precisa ter ciência
do repasse do governo. Ficou acordado entre os pares na quinta à noite
haverá uma sessão extra para que o projeto seja votado.
Pauta Livre
A Pauta Livre foi bastante movimentada,
tendo a vereadora Geovana a primeira a falar e na oportunidade ela
concordou com o colega Arraia a respeito da falta de reuniões por parte
das comissões da câmara. Segundo a edil, se as comissões estivessem se
reunindo talvez esse projeto de reajuste de salário não teria tido
problemas.
O vereador Willian citou alguns valores
gastos com tratores na recuperação de estradas, e o parlamentar diz não
entender, pois os pagamentos foram feitos em Novembro e Dezembro quando
não aconteceram recuperações.
Professora Lúcia lamentou a morte do ex-deputado Zezéu Ribeiro afirmando que ele ajudou bastante a nossa região.
Continuando a edil disse que a cada dia
que passa a situação vem se complicando e os municípios ficando sem
condições de cumprir seus compromissos.
A vereadora destacou uma reunião que
houve entre ela o Prefeito George, Zaíra Gonçalves (Diretora da Educação
Municipal), as Professoras Marina Oliveira e Valmirene e Marleide
Oliveira da APLB.
Nesta reunião trataram sobre fazer a
reserva da carga horária dos educadores e educadoras das séries
iniciais e foi discutido que Ichu precisa fazer o reordenamento da rede
já que diante da conjuntura atual não se pode pensar em elevar custos.
Geovana Márcia pediu um espaço dizendo
esta luta já vem desde 2013, mas ela lamentava não ter sido convidada,
bem como a diretoria do SINTRAPI. Professora Lúcia retrucou: “Quantas
reuniões você fez com o SINTRAPI e eu também não fui convidada”.
Egberto, Afonso e Beto Santiago pautaram
seus pronunciamentos na questão dos buracos, derrubadas de prédios
públicos que aconteceram recentemente. Para eles não dá para entender
como derruba o prédio primeiro para depois comunicar a câmara. Essa
afirmação foi em virtude de o prefeito ter enviado ontem o Ofício
028/2015 comunicando que atendendo a solicitação verbal de alguns
moradores foi demolido o prédio da comunidade de Queimada do Meio.
Neste ofício o prefeito solicitou
autorização para demolição do Prédio Escolar Manoel Matias Carneiro
localizado na comunidade de Laranjo que está em desuso há muitos anos.
Beto Santiago pediu explicações sobre o
pagamento que estudantes universitários estavam fazendo para uso do
ônibus da Prefeitura levá-los para Feira de Santana.
A vereadora Geovana explicou que o
município não tinha condições de arcar com essa despesa, e os próprios
alunos sugeriram o referido pagamento para ajudar no combustível e que a
proposta foi aceita pela administração.
O vereador Eugênio utilizou a tribuna
para dizendo que os gastos de combustíveis dos tratores é alto porque as
máquinas são pesadas e esses pagamentos podem ser de notas atrasadas.
Ele seguiu preferindo defender o ex-prefeito Dorivaldo Ferreira que
vinha respondendo um processo referente a compra de ambulâncias e na
oportunidade Eugênio destacou que o mesmo está livre do mesmo, pois
conseguiu comprovar que não cometeu irregularidades.
Por fim, o vereador Arraia foi para a
tribuna e soltou o verbo em relação a demolição de prédios. Ele disse
que hoje os vereadores de oposição criticam que essas demolições, mas no
passado aconteceram várias e eles se calaram, inclusive foi citado pelo
edil que uma cancela do antigo matadouro teria sido levada por um
grande fazendeiro.
“Todo mundo ficou na expectativa para saber quem seria este fazendeiro, mas Arraia não citou o nome, ficando o suspense no ar”.
Continuando o vereador pediu explicações
sobre o horário de funcionamento do SINTRAPI onde tem dois funcionários
cedidos pela Prefeitura, mas que o Sindicato vive sempre fechado.
Ele também rebateu vários pontos citados
na Nota de Repúdio publicada recentemente pelo SINTRAPI onde apontava
erros administrativos principalmente na área da Educação.
Vale destacar que em um momento o clima
esquentou entre Afonso e Eugênio, chegando ao ponto de Eugênio pedir
para Afonso lhe respeitar. Depois tudo voltou ao normal e os dois
parlamentares seguiram em paz.
Por: André Luiz – AL Notícias
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