Iniciado por volta das 9h desta terça-feira (12), o júri popular a que foi submetido o senhor Paulo Cristiano Cunha de Souza, acusado de botar fogo no corpo e matar o motorista Alberto Silva (Betuca), foi concluído quase à meia-noite.
Em
razão de o Fórum Felinto Bastos estar em reforma, o júri foi realizado
no Auditório Central da Universidade Estadual de Feira de Santana
(Uefs), na cidade DE Feira de Santana.
Como
era esperado, o acusado de praticar o crime bárbaro, senhor Paulo
Cristiano Cunha de Souza, foi condenado a 28 anos e sete meses
de prisão. Quatro dos jurados
votaram a favor da condenação de Paulo Cristiano, enquanto um votou
favorável. Mas o resultado considerado é de 4X0, já que o juiz leva em
conta apenas os quatro primeiros votos.
Inicialmente,
Paulo Cristiano permanecerá em liberdade durante 30 dias, período em
que o seu advogado poderá recorrer da sentença.
De acordo com informações colhidas por nossa reportagem, durante todo o
dia, até às 14 horas as testemunhas de defesa e acusação já haviam sido
ouvidas. Paulo Cristiano só foi ouvido durante a tarde.
Segundo
Aldemir, filho de Betuca, as testemunhas de defesa se contradisseram, a
mesma análise ele fez sobre o que falou o acusado. "Acho difícil ele
escapar sem uma condenação", disse Aldemir antes da conclusão do
julgamento.
Por volta das 19h30, houve um intervalo para descanso, mas o júri retomou logo em seguida, encerrando-se quase à meia-noite.
Como
estava previsto, um ônibus de Riachão do Jacuipe levou várias pessoas
até Feira de Santana para acompanhar o julgamento de perto.
Como foi o crime
O
crime bárbaro deixou a população de Riachão chocada e triste na noite
do sábado, dia 05 de maio de 2012. Após a noticia de que o motorista
Alberto Santos Silva (Betuca) teve o corpo queimado pelo próprio
cunhado, foi grande a movimentação no Hospital Municipal da cidade.
Segundo
as informações, Betuca, como a vítima era conhecida, chegou à
residência de sua filha Aldimira, onde estava morando, por volta das 22
horas do sábado. Quando estava no hall da casa, descansando numa rede, o
seu cunhado Cristiano colocou fogo em seu corpo, usando gasolina. O
suspeito foi visto por vizinhos, que denunciaram o fato.
Betuca
foi socorrido pela filha, que estava dentro de casa e percebeu as
chamas avançando sobre o corpo do pai. De acordo com as informações
colhidas pelo Interior da Bahia, as chamas queimaram bastante o corpo de
Betuca, que foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), em
Salvador. Antes, ele ainda recebeu os primeiros socorros no Hospital
Municipal de Riachão do Jacuipe.
Em
Salvador, a vítima passou por uma delicada e longa cirurgia. Sua
ex-esposa Miriam e os dois filhos lhe acompanharam. Apesar da gravidade,
a filha Aldimira ainda conseguiu falar com o pai no dia seguinte, no
domingo, pela manha. “Consegui falar com ele e me disse que as dores
tinham aliviado mais, e estava se sentindo melhor”, disse a filha,
esperançosa.
Como
é praxe, o Posto Policial que fica localizado junto ao HGE interroga
sempre as pessoas que são vítimas de agressões graves. No depoimento à
Policia, Betuca ainda conseguiu revelar que o seu agressor havia sido
Paulo Cristiano, o que se tornou uma peça fundamental para o processo.
Da redação/ Foto: Aldemir/Reprodução do Interior Da Bahia
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