Sepultado no sábado, a morte do jovem André Luiz Oliveira Silva, de 19 anos, que aconteceu no final da tarde da última quinta-feira (21), após ingerir soda cáustica, em São Paulo, está
cercada de mistérios. Nem mesmo a família sabe informar alguma coisa que
explique a tragédia.
Mesmo
diante de um inconformismo silencioso, a família em Riachão do Jacuipe,
distante de São Paulo, tinha dificuldades para apurar os motivos da
morte do jovem André Luiz. Nem mesmo os quase 30 dias em que esteve na
capital paulista, ao lado da sobrinha Maria Cristiana, a mãe do jovem,
foram suficientes para Dona Luiza Cordeiro fazer juízo sobre o
caso.
“Não
sei, meu filho. Não sei e não sei. Não sou mulher para condenar
ninguém. Então, se não sei, não posso falar nada. Se existiu alguma
coisa de errado nessa morte, foi com ele para o túmulo”, disse Dona
Luiza, que é mãe do ex-vereador Antônio Aleomar C. Oliveira
(Del).
Segundo
apurou nossa reportagem, o pai de André Luiz havia convidado o jovem
para ir morar com ele em São Paulo. Em pouco tempo os dois teriam se
desentendido e o pai retornado para Itabuna, na Bahia, onde moram seus
familiares. O jovem permaneceu em São Paulo.
“Ele
morava aqui, andava pela casa do avô, e tinha uma vida sossegada. Nós
pedimos para ele não ir embora, mas alegou que queria ir conhecer o pai e
os outros irmãos”, disse Dona Luiza, em tom de lamentação.
Ela
disse ainda que André Luiz morava sozinho (em São Paulo) e trabalhava
em um supermercado. “Ele era um menino bom, tanto que todos os colegas
gostavam dele. Ele só podia receber duas visitas de cada vez e, para
facilitar, nós deixávamos os domingos para eles”, revelou.
Mais mistérios
De
acordo com as informações, confirmadas por Dona Luiza, André Luiz tinha
uma namorada, mas ela não apareceu no hospital durante todo o período
em que esteve com o sobrinho. A sogra do jovem, contudo, é quem estava
cuidando dele. “Eu soube que foi ela (a sogra) e um colega que levaram
ele para o hospital, mas a namorada não apareceu lá”, disse Dona
Luiza.
O
sumiço da namorada e a volta do pai para a Bahia, deixando o filho
sozinho em São Paulo, colocam mais dúvidas sobre o caso. Segundo
informações de parentes, André Luiz, quando se desentendeu com o pai,
chegou a dormir na rua por não ter para onde ir.
Segundo
Pedro, irmão de Maria Cristiana e tio de André Luiz, o pai retornou
para Itabuna e estava em Una, uma cidadã da região, quando foi informado
do problema com o filho. “Ele disse que não iria se envolver e não
tomou conhecimento nem para ir buscar o corpo do menino”, lamentou
Pedro.
Vida normal
Segundo
apurou nossa reportagem, André Luiz levava uma vida normal em Riachão
do Jacuipe até o dia em que virou a cabeça para ir morar com o pai, em
São Paulo. “Ele tinha uma vida normal, o comportamento de qualquer jovem
da sua idade. Por isso, eu não vejo motivo para ele ter tomado soda
cáustica pela vontade dele”, ponderou um amigo, pondo mais mistério no
caso.
Também
não existem informações de que o jovem estivesse com problemas de
depressão. A decisão do mesmo ir morar em São Paulo foi normal, sem
qualquer desentendimento com a família.
Extraído do Interior Da Bahia
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