O grupo de Mulheres do Bairro Cortiço, que tem encontros quinzenais vem desenvolvendo com o público participante, temas e atividades voltados ao bem estar de cada presente.
Na última quarta Feira, 14 de outubro, a Coordenadora do encontro e Assistente Social do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e da Secretaria de Saúde do Município de Ichu, desenvolveu junto aos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) um tema um pouco diferente dos habituais.
Numa roda de conversa, Sintia falou sobre o ser criança e pediu a cada um que contasse como foi a sua infância. Foram longas histórias contadas, cantadas e repassadas em forma de desenho e pintura, transformando a sala, numa verdadeira obra de arte.
Dona Maria em seu depoimento, falou dos episódios vividos por ela e suas irmãs, nas viagens de apresentação de Histórias.
"O que hoje Chamamos de Teatro, na minha infância eram Dramas. Saíamos em Caravana pela região com laços de fitas e flores no cabelo, vestidos de chita, cantando e encantando a todos. Me sentia muito feliz... Assim também criei meus filhos e vou repassando para os meus netos. Ser feliz com a simplicidade que a vida nos oferece é a maior riqueza que podemos herdar dos nossos antepassados que faziam muito com o pouco que tinha"-Completou dona Maria.
Laiane lembrou dos avanços tecnológicos que vem interropendo e atropelando as fases da vida das pessoas. Para ela, os pais as vezes por querer fazer o melhor pelos filhos, estragam a sua educação e podam a sua infância. Não se vê mais a arte do Brincar, correr, rolar pelo chão...em troca disso, os filhos usam o celular, o tablet ou computador no lugar da bola, do pega-pega, esconde-esconde...
Luciene falou que ser criança é não ter compromisso com as responsabilidades e preocupações da vida. É ser livre e feliz.
Através de desenho Luciene retratou sua infância, que nas datas comemorativas, saia com a família onde seu pai transportava ela e seus irmãos num carro amarelo, até a casa do tio no estado de Goiás. Na chegada da casa havia sempre um varal com roupas estendidas que eram lavadas num tanque de barro pela tia. Ao lado da casa era visto de longe uma árvore verde e frondosa que ela aproveitava para brincar no balanço feito de corda e um pedaço de madeira pendurado nesta árvore o que a deixava infinitamente feliz. O chão do quintal fazia muita poeira, mas era com isso que sua felicidade se completava.
Ao final de cada depoimento, todos puderam expressar uma vivência da infância numa arte construida através de tecido, pincel e tinta.
O trabalho feito pelas mulheres no encontro, será transformado numa colcha de retalhos, que será finalizado em próximos momentos com a identidade do Bairro Cortiço, expresso através da pintura e confeccionado por cada participante.
Por Cida Carneiro/Ichu Notícias/Rádio Independente FM
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