Seu Nelson, o segundo agachado, da esquerda para a direita
O jacuipense Nestor Quirino
Ferreira, 76 anos, mas conhecido por seu Nelson do Bar, teve um dia
especial em sua vida nesta quinta-feira, 21 de abril, quando foi
comemorado mais um aniversário de fundação de Brasília, a capital
federal construída por Juscelino Kubistchek.
Ao lado de seu irmão Raimundo Ferreira
de Oliveira (Mundinho, seu Nelson fez parte do grupo de operários que
ajudou a construir a capital federal projetada por Lúcio Costa e Oscar
Niemayer. Eles fizeram parte dos “candangos”, como eram chamados os que
chegaram para trabalhar na construção de Brasília, especialmente os
oriundos da região Nordeste do país.
Nesta quinta-feira, Seu Nelson falou no
Jornal da Manhã da Rádio Jacuipe e revelou a sua emoção pela data e o
orgulho de ter feito parte daquele grupo de trabalhadores. ”Para mim é
uma satisfação muito grande. É motivo de orgulho ter trabalhado numa
obra tão importante”, disse.
Seu Nelson também revelou como foi a
vigem para capital federal. “Foi um primo meu que estava aqui e me
chamou para ir para lá, eu e meu irmão Mundinho. Nós pegamos um trem em
Jacobina, passamos em Montes Claros e paramos em Belo Horizonte. De lá
nós fomos de ônibus até Brasília”, revelou.
Orgulho e avião de Juscelino
O trabalho na construção da capital
federal para Seu Nelson não lhe trouxe riqueza, mas, na época, foi a
forma que encontrou para o seu sustento. “Não deu para juntar dinheiro,
mas era um trabalho que orgulhava muito. Todo mundo estava satisfeito em
participar daquela obra, que era muito comentada em todo país”,
lembrou.
Entre as lembranças que traz do tempo da
construção, Seu Nelson revelou ao repórter Tony Sena os dias em que o
então presidente Juscelino Kubistchek passava sobrevoando a obra. “Ainda
vi ele de perto, pois sempre passava no avião, depois de ir ver a obra
de perto”, lembrou.
Aposentado, Seu Nelson vive com Dona
Tereza, sua esposa, entre a residência na Barra do Vento e o Sito, na
região de Lajedinho, na região oeste de Riachão do Jacuipe. Ele é pai do
artista plástico Raimundo Oliveira (Dinho) e da jornalista Laura
Ferreira, além de mais dois homens e cinco mulheres.
Extraída do site Interior da Bahia
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