Começa neste domingo (1), a Campanha de Vacinação contra a febre aftosa em território baiano.
A
estimativa da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada
à Secretaria da Agricultura (Seagri), é vacinar 10.854.311 bovinos e
bubalinos dos 384.393 criadores, já que nesta etapa todos os animais
precisam ser vacinados, independente da faixa etária. No ano passado, os
produtores vacinaram 94.54% do rebanho bovídeo.
A
campanha encerra no dia 31 de maio. Com o slogan “Gado Campeão é com
Vacinação”, o governo do Estado reforça a obrigatoriedade de vacinar e
está atento à sanidade animal para que nenhuma doença comprometa os
rebanhos baianos, principalmente a Febre Aftosa. A gravidade da
proliferação da doença não decorre apenas das mortes que ocasiona, mas
principalmente dos prejuízos econômicos causados pelas barreiras
comerciais com outros países, atingindo todos os pecuaristas, desde os
pequenos até os grandes criadores.
O
secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, chama a atenção para
importância dos produtores vacinarem o rebanho, e ressalta os danos que
podem ser causados no caso de perda de status de Território Livre de
Febre Aftosa com Vacinação, conquistado pela Bahia há 15 anos. “A
Seagri, através da Adab, busca evitar reflexos negativos na renda do
produtor e para o agronegócio, visto que uma vez identificado o vírus no
Estado, as fronteiras brasileiras são fechadas e os prejuízos são
calculados em bilhões de dólares/ano”, destacou Bonfim, lembrando que “a
enfermidade também provoca restrições sanitárias e comerciais ao estado
e ao país, desvalorização no preço da arroba, desemprego no setor
frigorífico e pode causar embargos comerciais a outros produtos, como o
farelo de soja, frutas e exportação de carne de frango e suína, além de
grande impacto social e econômico”.
O
último foco em território baiano foi identificado em 1997 e no Brasil,
em 2005 e 2006, no Mato Grosso do Sul e Paraná, respectivamente,
ocasionando a perda de 78 mil cabeças e custo financeiro direto superior
a R$ 47 milhões nas ações apenas de saneamento. Causou também a
supressão do status sanitário de mais de 10 estados no Brasil, inclusive
a Bahia, só sendo restabelecido em 2008. Diante disso, o diretor-geral
da Adab, Oziel Oliveira, reforça que a vacinação é uma precaução
necessária, mesmo que estejamos há muito tempo sem registros de caso da
doença, sendo fundamental que o produtor cumpra seu dever de vacinar
todo o rebanho. “No entanto, também acho interessante que o produtor
fique atento a outras doenças, que podem afetar o rebanho, como a Raiva,
Vaca Louca e Brucelose”, afirmou Oliveira.
Sob
a coordenação do Ministério, o Programa Nacional de Erradicação e
Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a
implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de
acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE). “A Adab é uma grande executora das obrigações no combate à
Aftosa e outras enfermidades. A Bahia e o Brasil seguem na luta contra a
febre aftosa em busca de um país livre da doença, sempre com a
participação dos serviços veterinários estaduais e do setor
agroprodutivo”, relatou o superintendente da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento na Bahia (SFA-BA/MAPA), João Cláudio Bacelar.
A Aftosa
A
febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta
animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e
porcos. Pode ser transmitida principalmente pelo contato entre os
animais doentes e sadios. O vírus pode ser transportado pela água, ar,
alimentos, pássaros e pessoas que entram em contato com os animais
doentes.
Do Portal CN/Fonte:Ascom Adab – Assessora de Comunicação: Amanda Almeida
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