O Município de Ichu esteve presente no Encontro Regional de planejamento, monitoramento e avaliação envolvendo sujeito dos direitos as organizações parceiras promovido pelo Movimento de Organização Comunitária – MOC através do Projeto Parceiros Por Um Sertão Justo em parceria com a ACTIONAID, que aconteceu entre os dias 20 e 21 de julho na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura Familiar de Conceição do Coité.
Participaram do evento crianças e adolescentes educadores (as), agricultores e agricultoras familiares, mulheres rurais, empreendedoras da economia solidária, jovens multiplicadores de vínculos, representante legal de organizações parceiras sindicais e parte da equipe técnica do MOC.
O objetivo do encontro é fortalecer o processo de planejamento, monitoramento e avaliação envolvendo a equipe executora, jovens multiplicadores e multiplicadoras, coordenação, parceiros locais e sujeitos de direitos.
Outras ações específicas para o encontro foi à interação e fortalecimento dos vínculos entre os sujeitos de direitos dos municípios envolvidos; Debater sobre a atual conjuntura política e seus impactos nas conquistas e avanços nos direitos humanos e dos povos do Semiárido; Refletir como as ações desenvolvidas no Programa Local de Direitos na perspectiva de convivência com o Semiárido se constituem estratégias de resistência e fortalecimento da luta pelos direitos; Monitorar o processo de planejamento e execução operacional além d construir caminhos no processo de construção de um sertão justo.
Segundo a técnica do MOC, Cleonice Oliveira, “o encontro torna-se estratégico diante da troca de experiência entre os municípios envolvidos no projeto e proporciona o fortalecimento para os direitos”.
Maria Vandalva, coordenadora Pedagógica do MOC, enfatiza que “é um encontro que protagoniza ainda mais as crianças e adolescente, educadores (as), famílias agricultoras e mulheres num espaço de diálogo e participação. Situá-los, sobretudo, mediante as ameaças e perca de direitos que vem acontecendo no Brasil”.
Atual conjuntura política
Grupos foram divididos para debater a atual conjuntura política e analisar os impactos nos direitos humanos fazendo uma reflexão direta de como isso interfere na vida das pessoas além de questionar qual o nosso papel diante desse contexto. Os grupos falaram suas opiniões e foi aberto para o discurso para a plenária.
José Ivanilton, educador do município Quijingue ressalta que “o encontro vem fortalecer nosso trabalho, trazer novas ideias e aguçar cada vez mais o nosso trabalho enquanto comunidade e principalmente agora que estamos vivendo um retrocesso quando se fala em direitos”.
Para ele é preciso lutar ainda mais “o cenário político que estamos vivendo hoje interfere principalmente no setor educacional. No município de Quijingue, por exemplo, interfere negativamente porque com perda de vários direitos da educação, da agricultura economia e tantos outros não podemos ficara parados esperando que outras pessoas lutarem. Nós juntos precisamos pensar em propostas de políticas públicas para ir de encontro a essa defasagem dos nossos direitos” completa.
Para o adolescente, Cristiano Cunha, 14 anos, da comunidade de Tapúio, município de Araci, diz que “é muito legal porque a gente já põe em prática o que a gente sabe e aprende um pouco mais sobre o que podemos fazer para mudar na comunidade e também poder ver um pouco dos problemas da Comunidade dos nossos colegas. Além de ter discutido a situação do nosso país e em minha opinião a gente precisa ficar atento pra não perder o que a gente já adquiriu, precisamos defender os nossos direitos e a lutar por eles”.
Assim, Maria Vandalva, instigou todos e toda a refletir como as ações desenvolvidas se constituem diante as práticas de resistências e indagando: quem somos nós? O que isso tem a ver com a nossa vida?
Caminhos, caminhadas e caminhates...
Nesse processo o planejamento é fundamental para o crescimento das ações do projeto. Ele coloca os sujeitos detentores dos deveres a se emponderar e buscar pala qualidade de vida de todos e todas.
Assim como na confecção da bandeira, construída pelos sujeitos mostrando através de pinturas criativas, artesanato o que deseja para o futuro frente as seus direitos, a construção de um Sertão Justo precisa ter a participação, diálogo e a determinação na perspectiva de avanços bem como os compromissos coletivos e individuais.
Redação do AL Notícias com adaptação da matéria de Kivia Carneiro Comunicóloga – Programa de Comunicação do MOC - Foto: MOC
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