Gustavo Vargas é filho do diretor-geral da Lamia, também chamado Gustavo, e que foi preso ontem (7).
Foto: Divulgação/ Cleberson Silva/ Chapecoense |
A Procuradoria-Geral da Bolívia deteve nesta
quinta-feira (8) o ex-diretor de Registro Aeronáutico Nacional, Gustavo
Vargas, que autorizou a operação da companhia aérea Lamia, proprietária
do avião que caiu com a delegação da Chapecoense. As informações são da
Agência ANSA.
Gustavo Vargas é filho do diretor-geral da Lamia, também chamado
Gustavo, e que foi preso ontem (7). A Procuradoria boliviana investiga
se houve tráfico de influência para permitir que a Lamia funcionasse na
Bolívia. No momento, a licença da empresa no país está suspensa.
Também foram apreendidos documentos na sede da Direção Geral de
Aeronáutica Civil, em La Paz, órgão ao qual pertence o Registro
Aeronáutico Nacional, onde Vargas foi diretor. Além disso, a
Procuradoria não descarta convocar para depoimento o ministro de Obras
Públicas, Milton Claros, que já havia cogitado a hipótese de tráfico de
influência.
Fundada em 2009, no estado de Mérida, na Venezuela, a companhia aérea
começou a operar apenas em 2014 e pouco depois transferiu sua sede para a
Bolívia. Sua especialidade eram voos fretados para times de futebol da
América Latina, já que oferecia flexibilidade para pousar em aeroportos
remotos.
O avião que caiu com a Chapecoense, deixando 71 mortos, era o único de
sua frota em condições de operar. Um de seus sócios era Miguel Quiroga,
que pilotava a aeronave e morreu na tragédia. A principal hipótese para
explicar o desastre é a falta de combustível.
Agência Brasil
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