O tetracampeão na politica de Ichu, prefeito Carlos Santiagoiniciou dia 25 de novembro, o processo de transição e após a diplomação, no dia 15 já deve anunciar os integrantes das seis secretarias municipais. “Já estamos em contato com os possíveis secretários, mas só iremos divulgar alguma coisa após a diplomação, pois já estaremos com a situação oficializada. Aí nós podemos constituir a equipe. E é coisa simples, porque o município é pequeno e iremos trabalhar com uma equipe reduzida, com seis secretarias (Saúde, Educação, Ação Social, Agricultura, Finanças e Administração)". Carlos Santiago enfatizou que vai determinar, como primeiro ato, após tomar posse em 1º de janeiro de 2017, uma auditoria completa em todas as pastas. “Já estamos em contato com algumas empresas e técnicos. Não vou assumir responsabilidade que não é minha, como a questão do atraso no pagamento do INSS. Não paga durante quatro anos, chega no último mês de administração, negocia a dívida e deixa pro sucessor. Isso não é ilegal, mas é imoral porque alega que recebeu o município inadimplente, negocia a dívida no apagar das luzes, depois vai pra mídia dizer que deixou o município adimplente. Deixar adimplente empurrando a dívida pro sucessor é fácil. Isso, inclusive, vou até tratar em instâncias superiores”, garantiu Santiago.
Recursos reduzidos dificultam administração
Um dos maiores problemas de uma cidade com pouco mais de seis mil habitantes está nos recursos disponibilizados pelo Fundo de Participação de Municípios e a arrecadação própria que vem reduzindo. Carlos Santiago disse que em qualquer circunstância a administração só pode gastar aquilo que arrecada. “Temos que, em qualquer circunstância, trabalhar com os pés no chão, diante da real situação. Eu já fui prefeito anteriormente e tenho uma noção do que posso esperar de recursos. Sabemos que, hoje, a folha de pagamento estaria acima do limite prudencial em mais de 12%. O limite é de 48% e já atingimos 60%”, afirmou.
Com a situação, o próximo passo é adequar a gestão ao que ela tem de arrecadação. “Vamos ver onde podemos conter despesas e onde podemos avançar. Não podemos simplesmente parar os programas do governo federal porque, senão, a Justiça e o Ministério Público vêm em cima do gestor e cobra. Essa inclusive deve ser uma luta dos municípios porque os trabalhadores contratados para esses programas que recebem recursos federais, entram na folha do município e a sobrecarregam, fazendo com que o gestor extrapole o limite prudencial de gastos com funcionalismo. Isso tem que ser revisto e essa será minha luta”, enfatizou
Social será prioridade
O prefeito eleito Carlos Santiago enfatizou que as principais ações do município estarão na atenção à Saúde, na Educação, e no lazer, voltada para o Esporte. “Essas três áreas foram abandonadas. Saúde é uma coisa cara. Nas gestões passadas, fui referência nacional, pelo trato que dei à Educação e a Saúde e pelo nosso trabalho na área de Esportes. Outra preocupação é com a infraestrutura. Qualquer um pode ver como nossas ruas estão esburacadas. Então, vou trabalhar em cima destes pontos para que o município possa retornar aos trilhos do crescimento e desenvolvimento. Grandes obras só poderão ser feitas através de convênios com o governo do Estado e Federal. “Aqui não tem quase IPTU, ISS e a inadimplência é grande. Temos que mostrar que só podemos trabalhar com o dinheiro que arrecadamos e que as pessoas tem que dar esse voto de confiança a administração. Vamos negociar, renegociar e fazer com que os tributos voltem a ser pagos em benefício da própria cidade”, enfatizou.
Segundo o prefeito, o abandono das ruas da cidade é preocupante. “Essa inclusive foi uma promessa minha, de atacar de imediato a questão do calçamento, antes que a população fique sem condições de transitar na própria cidade. A partir daí, vamos buscar convênios e outros programas junto ao governo do Estado e Federal. Vamos ver também a situação do Hospital Municipal, em que a população reclama a falta de profissionais, de medicamentos e até a falta de condições da unidade em receber os pacientes”, reforçou o prefeito eleito.
Consórcio com Tanquinho e Candeal
Realizar ações importantes e com poucos recursos, requer ações criativas e parcerias. Para isso, os prefeitos eleitos de Ichu, Candeal e Tanquinho pretendem criar um consórcio e assim resolver grandes problemas em parceria. “Já estamos mantendo os primeiros contatos. Os prefeitos eleitos de Candeal e Tanquinho e eu estamos conservando para ver se esse consórcio avança. Não justifica Ichu ficar há 10 km de Candeal e há 29 km de Tanquinho, e cada um ter sua equipe médica por exemplo, representando gastos elevados para as três cidades. O desejo é de fazermos um trabalho conjunto e melhorarmos o atendimento à população. Com o trabalho conjunto um vai beneficiar o outro. Essa parceria vai ser muito importante porque além de melhorarmos e ampliarmos o atendimento, vamos reduzir custos. E essa parceria pode se estender a outros setores, como na implantação do aterro sanitário”, afirmou o prefeito eleito Carlos Santiago. A geração de empregos é outra preocupação para um município pequeno.
Valorização do comércio local
A criatividade é mais uma vez exigida do gestor. “Quando fui prefeito, aqui abriram várias lojas no comércio local. Infelizmente, muitas delas foram fechadas nos últimos anos. Vamos dinamizar o município visando incentivar a reabertura desses empreendimentos. Temos programas também de geração de emprego estimulando a produção local. Tivemos aqui fábrica de polpa de frutas, de beiju e muitos produtos regionais que eram adquiridos pela própria prefeitura para a merenda escolar. São programas pontuais mas que podem desenvolver a economia. Outras ações, como atrair empresas, é um processo lento e dispendioso. Precisamos ter infraestrutura, mão de obra especializada. Vamos tentar, claro, mas como disse, mantendo os pés no chão e fazer aquilo que nos dê retorno imediato. Outro fator importante é incentivar a agricultura familiar, base da economia de Ichu. Vamos dar apoio com a atração de técnicos da EBDA, melhorar a genética dos animais, e reativar a cooperativa porque, isoladamente, o pequeno produtor perde força. Vamos fortalecer a agricultura familiar”, concluiu.
Da Redação Diário do Sisal - Leia também na Tribuna da Bahia
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