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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Caso Guilherme Carvalho ganha repercussão nacional: Veja

A reportagem mais recente foi publicada na revista Veja 
Manifestação em Coité, terra natal do jovem ‘Não Foi Acidente’ é o que garante 
a família e amigos de Guilherme | Foto: Raimundo Mascarenhas
A família do jovem coiteense Guilherme Carvalho, de 21 anos, criou nas redes sociais a campanha “Não foi acidente”, que pede a apuração das circunstâncias em que ocorreu sua queda do camarote onde estava, no Festival de Verão, em Salvador. Internado desde o dia do ocorrido, em 11 de dezembro, Carvalho permanece inconsciente após cair de uma altura de doze metros em um terminal de carga e descarga do local do evento, a Arena Fonte Nova.

Para a organização do festival de verão Guilherme caiu, mas
para a família e amigos ele foi agredido e jogado de 12
metros de altura | Foto: arquivo da familia
Guilherme estava na companhia de amigos e de um primo quando, segundo relato de testemunhas à família, uma confusão teria se iniciado no banheiro da festa e envolvido seguranças do evento, com o jovem perdendo-se do grupo. A notícia seguinte, por volta das três horas da manhã, foi o telefonema recebido pela família, informando que ele havia sofrido um acidente e estava internado no Hospital Geral do Estado, em estado grave.

Para Bianca Carvalho, irmã de Guilherme, não se trata de um acidente. “Várias pessoas nos procuraram e falaram que os seguranças pegaram, espancaram meu irmão e jogaram ele lá de cima”, afirma. Ela aponta, também, demora no atendimento por parte do Festival, afirmando ter recebido informações de uma demora de cerca de quarenta minutos entre o acontecido e o momento da internação.

Na página “Não foi acidente” são reiteradas as acusações contra os seguranças e feitos pedidos de oração para que o jovem se recupere. Desde que foi internado, Guilherme, que hoje se encontra no Hospital Português, também em Salvador, já foi submetido a quatro cirurgias segundo a família, mas ainda não tem previsão de alta.

“Tentativa de homicídio”
Procurado pela família, o promotor Davi Gallo, do Ministério Público da Bahia, conduz uma investigação paralela àquela que é realizada pela 1ª Delegacia dos Barris e diz ver “indícios fortíssimos” de que não se trata de um acidente. O promotor se baseia em um laudo médico que encontrou lesões pré-existentes em Guilherme, ocorridas antes da queda, sobretudo marcas no rosto.

Ele, no entanto, acredita que é muito cedo para afirmar quem poderia ter sido o autor do crime. “A única certeza é que não se trata de um acidente, mas de uma tentativa de homicídio”, afirma. Segundo o promotor, a próxima fase da investigação será a análise das imagens das câmeras de segurança da Arena Fonte Nova. Gallo também solicitou a lista completa dos seguranças do evento e pretende apurar a versão alegada por família e amigos do jovem.

Festival apoia investigação
Em nota enviada ao site de VEJA, a assessoria de imprensa do Festival de Verão afirma que solicitou à Polícia Civil abertura do inquérito policial para “a apuração e esclarecimento dos fatos” e que está “contribuindo com todas as informações solicitadas pelas autoridades”. O Festival alega, ainda, que o socorro ocorreu “de forma imediata”, com a remoção ocorrendo após a estabilização do quadro, momento em que haveria “segurança” para que Guilherme fosse transferido para o hospital.



Fonte: Calila Notícias

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