A agroindústria da Coopercuc é a primeira
unidade implantada
pelo Pró-Semiárido. Foto: André
Frutuôso/SDR/CAR
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Transformar a estiagem em energia produtiva, para contrariar as estatísticas e possibilitar o desenvolvimento econômico e social, de produtores rurais que vivem em municípios com baixo índice chuva, é um dos objetivos do projeto Pró-Semiárido, que é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que entre os anos de 2015 e 2016 já investiu R$ 51.787.245 e realizou 11.157 atendimentos a famílias de agricultores(as) familiares.
O projeto Pró-Semiárido atua para melhorar, nos próximos cinco anos, a vida de 70 mil famílias, em 460 comunidades rurais, de 32 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com investimentos de US$ 100 milhões. Esses recursos são provenientes de um acordo de empréstimo entre o Governo do Estado e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
De acordo com o coordenador Pró-Semiárido, Cesar Maynart, no início do projeto houve uma seleção, “entre as 2.789 comunidades que compõe a região semiárida, as 460 comunidades mais pobres foram escolhidas para atuação do projeto. Ainda em 2015, foi aberto o Serviço Territorial de Apoio a Agricultura Familiar (SETAF), em Juazeiro, Bonfim e Jacobina”. Nesse contexto, também houve processo de seleção e treinamento de toda equipe contratada, além da contratação de 10 entidades que prestam serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), que já estão operando.
Fusegate e agroindústria
Já em 2016, por meio do Pró-Semiárido ocorreuum investimento na ordem de R$14 milhões, parao território Piemonte Norte do Itapicuru,sendo R$ 7,5 mi destinados à construção de um Fusegate, tecnologia francesa a ser implantada no vertedouro da barragem do município de Ponto Novo, ampliando assim a capacidade de reserva de água em, cerca de, 24%, o que significa um aumento de 9 milhões m³. A outra parte do recurso os R$ 6,5 milhões serão investidos em iniciativas socioprodutivas, para a fruticultura irrigada e a piscicultura.
Barragem de Ponto Novo onde será
instalado o Fusegate.
Foto: André Frutuôso/SDR/CAR
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Outra ação de destaque do Pró-Semiárido foi a implantação da uma agroindústria de beneficiamento de frutas, administrada pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), no Território Sertão do São Francisco. Foram investidos R$ 4 milhões em obras, equipamentos, capacitações e assistência técnica para fortalecer a cadeia produtiva do umbu, maracujá do mato e outras frutas nativas da caatinga.
O empreendimento instalado possui capacidade para fabricar, anualmente, 800 toneladas, a agroindústria irá modernizar a produção, diversificar o mix de produtos e proporcionar aumento da renda dos agricultores familiares da região. A unidade beneficiará 3.225 famílias, aumentando o número atual que é de 872. A agroindústria da Coopercuc é a primeira unidade implantada pelo Pró-Semiárido.
Para 2017, Maynart destaca que está previsto o investimento de R$ 70 milhões. “Nós temos três eixos principais. O primeiro é apoiar as populações em atividades de convivência com seca, seja com água pra consumo humano ou para produção; o segundo é a comercialização, na qual vamos apoiar a construção do armazém da agricultura familiar em Juazeiro, que contará com participação de mais de 30 cooperativas, além de incentivar inúmeras alternativas de escoamento da produção rural”.
Sobre a terceira linha de intervenção, ele completa que há um investimento na capacitação das equipes locais, no sentido de qualificá-las, num processo de reforço junto às universidades, organizações populares que trabalham na região semiárida. “Eu vejo com otimismo 2017, pois todas as condições foram dadas para que a entremos num processo de execução de atividades mais aceleradas. Temos mais 150 técnicos, atuando nos 32 municípios, com formação na área de implantação de tecnologias de convivência com o semiárido e com a seca. O nosso esforço é pra capacitar os produtores e mostrar para eles que mesmo vivendo num ambiente de semiaridez elevada, é possível produzir e comercializar, de forma organizada, gerar emprego e ampliar a renda da família”, finaliza.
Assessoria de Comunicação SDR
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