A Polícia Civil de Conceição do Jacuípe prossegue com as investigações
para elucidar o desaparecimento da jovem de 24 anos Jéssica Brito da
Silva, que saiu de casa desde o dia 17 de fevereiro com a amiga Raiane
dos Santos Nóbrega Oliveira, e não retornou mais, e a execução de
Raiane, morta a tiros na madrugada da última quinta-feira (23), mesmo
dia em que prestou depoimento sobre o desaparecimento de Jéssica.
De acordo com o delegado Jean Souza, titular da Delegacia de Homicídios
de Conceição do Jacuípe, os dois casos podem estar intimamente
relacionados, e a polícia trabalha com a hipótese de que ambos tenham
como autores as mesmas pessoas.
“As investigações estão em curso e temos algumas linhas de investigação
já sendo apuradas, para chegar aos autores do crime. Acredita-se muito
na relação de um com o outro porque a Raiane, que veio a ser executada
dentro da casa, era testemunha e estava sendo ouvida sobre o
desaparecimento de Jéssica. Em razão disso, estamos trabalhando como se
os autores fossem as mesmas pessoas, e vamos lutar com tudo o que
pudermos para identificá-los e fazer as prisões desses criminosos”,
informou o delegado.
Segundo o delegado, antes de ser assassinada, Raiane testemunhou na
delegacia. Ela teria mentido ao informar que no dia do desaparecimento
deixou Jéssica na rodoviária com um homem, que também já foi ouvido pela
polícia.
“Ela informou que tinha deixado Jéssica na rodoviária com um indivíduo, e
ele já foi ouvido. Ele narrou que estava em Feira de Santana e
verificamos todas as situações narradas por ele e constatou-se que ele
estava com outras pessoas no horário indicado por Raiane. Então ela
tinha mentido. Eu iria pedir a prisão preventiva de Raiane, tendo em
vista que ela faltou com a verdade no depoimento. Contudo ela foi morta
antes que a gente pudesse fazer as investigações”, explicou Jean Souza.
Tráfico de drogas
O delegado Jean Souza afirmou ainda que existe a suspeita de que os crimes estejam ligados ao tráfico de drogas.
“Eu acredito que possam ter participações de pessoas envolvidas com o
tráfico de drogas porque a Jéssica estava andando com pessoas de má
índole, que são usuárias de drogas, e possivelmente pode ter se
envolvido com alguém ligado ao tráfico. Em razão disso, houve o
desaparecimento da mesma e o óbito de Raiane. Essa pessoa tentou impedir
que Raiane contasse a verdade sobre com quem Jéssica ficou na noite que
desapareceu”, disse o delegado.
Ele acrescentou que os autores da morte de Raiane invadiram a casa dela
pelos fundos. Eles estavam usando capuz e luvas, tinham prática de
execução e pareciam profissionais. Sobre a possibilidade de encontrar
Jéssica viva, Jean Souza destacou que a polícia espera sempre o melhor.
“As circunstâncias são graves, e a gente vê essa execução de Raiane como
uma demonstração de que pode ter acontecido algo grave com Jéssica, mas
vamos continuar com as investigações sobre o que aconteceu”, ressaltou.
Laiane Cruz com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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