Os professores de Riachão do Jacuípe realizaram uma assembleia geral
na manhã desta terça-feira (14), no Clube Lira 8 de Setembro, para
discutir sobre o corte de salários imputados pela atual administração
municipal. Ao receber os contracheques de janeiro, os servidores foram
surpreendidos com cortes que consideram, “além de ilegais, extremamente
injustos”, já que se trata de direitos conquistados e assegurados por
Lei.
De acordo com quem teve acesso, o Projeto de Lei que daria
sustentação às medidas suspende todas as licenças-prêmio e gratificações
de difícil acesso, de educação infantil, além do porcentual de mudança
de nível. Segundo ainda os professores, o referido projeto “praticamente
acaba com a carreira do magistério em Riachão do Jacuípe”.
Outro item que, pelo documento do Poder Executivo estará fora do
alcance de quem está ou entrará na atividade do magistério, é o “Avanço
de Carreira” conhecido no meio por “AC”.
Polêmicas à parte, na manhã desta terça-feira, contudo, o prefeito Zé
Filho recuou e comunicou aos sindicatos (SINSPUM e APLB) que tudo seria
resolvido durante o dia, com a reposição das perdas alegadas nas contas
dos servidores.
Paralisação e jornada ameaçada
Durante a Assembleia, a presidente do SINSPUM, Maria Rios, informou
sobre as paralisações programadas caso o prefeito não colocasse os
valores retirados nas contas dos servidores. Ela também comentou sobre a
mudança na Jornada Pedagógica, que foi adiada a pedido do prefeito, uma
vez que os professores também condicionaram presença mediante a
reposição dos valores retirados dos contracheques.
Logo, Maria Rios leu um comunicado da prefeitura, informando que o
dinheiro já estava nas contas dos servidores. “Vamos todos ao banco
amanhã para ver se o dinheiro entrou, depois peguem os contracheques e
vão ao sindicato confirmar o recebimento”, orientou.
Ela aproveitou para convocar toda a categoria para, quinta-feira,
“estar na Câmara para apoiar o pessoal da saúde”. Segundo ela, vai pedir
a palavra para o advogado Marcelo Guimarães defender as proposições dos
servidores.

Ela também destacou o empenho e parceria com o
SINSPUM na luta em prol dos servidores públicos municipais. “Vai ser um
ano de muita luta e vamos precisar estar unidos. Esta assembleia foi
muito importante, por isso queremos agradecer a participação de todos”,
concluiu Jucelma.

Representando a CUT (Central única dos Trabalhadores), Almir dos
Correios defendeu o trabalho do sindicato e chamou a atenção para a
importância da unidade de forças para o enfrentamento. “Precisamos
esquecer as diferenças pessoais e focar o coletivo”, alertou.

A representante da APLB Regional, Ercia, tratou de estimular a
categoria. “Não se deve desanimar porque a luta é árdua”, conclamou.
Mudando o foco da questão municipal, ela aproveitou ainda para condenar
as medidas do governo Temer, como a PEC 55 e a reforma da Previdência,
que, segunda ela, “acenam com dias ainda piores para os trabalhadores e o
povo brasileiro”.
Em determinado momento, as discussões ficaram confusas, a ponto de
uma professora parar a assembleia para criticar seus colegas por conta
da conversa paralela, o que prejudicava o bom andamento da pauta. Mas,
no final, tudo terminou com os professores unidos num só propósito: ou
reposição das perdas, ou a luta terá desdobramentos imprevisíveis.
Fonte: Interior Da Bahia / fotos: Rodrigo Nascimento
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