As investigações foram todas realizadas no bairro Aviário e apontam que há relação com o tráfico de drogas.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade |
A Delegacia de Homicídios de Feira de Santana está investigando a
participação de um adolescente de 17 anos em 11 homicídios no bairro
Aviário, em Feira de Santana. A atuação do jovem tem chamado a atenção
da Polícia Civil que há cerca de um ano vem mapeando os homicídios no
bairro e identificou a existência de uma disputa de tráfico de drogas
entre duas gangues rivais.
Segundo o delegado Fabrício Linaard, este adolescente atua com o irmão e
o tio, que são liderados por uma pessoa pertencente a uma destas duas
organizações criminosas.
“Temos oito inquéritos policiais que representam 11 vítimas fatais e
duas vítimas que sobreviveram às investidas deste grupo. Estamos
concluindo as investigações e vamos encaminhar as questões em relação ao
menor para a DAI tomar as providências. Ele esteve aqui na semana
passada, foi ouvido, e obviamente nega a participação em todos os
homicídios, mas em todos os homicídios temos provas robustas e
contundentes da participação dele”, declarou.
As investigações foram todas realizadas no bairro Aviário e apontam que
há relação com o tráfico de drogas. No entanto, o delegado informou que
não foi encontrada nenhuma atividade ilícita em algumas das vítimas, o
que leva a suspeitar de que foram mortas por estarem passando
informações para integrantes de grupos rivais e foram descobertas.
“Todas estas investigações foram feitas no bairro Aviário, não
identificamos a atuação desta gangue em outros bairros, nem mesmo nos
bairros vizinhos. A maioria deles já está identificada e já com mandados
de prisão solicitados à Justiça. Em um destes inquéritos teve quatro
pessoas mortas e em outro seriam mais quatro, porém duas sobreviveram.
Então só em dois inquéritos oito pessoas foram vítimas desta organização
criminosa”, informou Fabrício Linard.
O delegado informou que os moradores estão assustados com a violência e
que não vivem de forma tranquila. “A comunidade não vive em paz, não
vive tranquila, vive calada e refém dessa briga entre gangues, mas com
um trabalho muito árduo conseguimos informações para localizá-los”,
ressaltou.
Andrea Trindade com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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