Uma história que teve início no carnaval de 1992 e ficou adormecida por mais de duas décadas por conta de imaturidade de um pai, bem como de um capricho de uma mãe, voltou à tona 23 anos depois com o encontro entre pai e filha pela primeira vez.
O encontro emocionante aconteceu em Ichu no domingo (19/03) envolvendo a estudante soteropolitana Naiara de Souza Oliveira de 23 anos e Valdevando Bispo Carneiro de 43, momento em que a filha aproveitou para fazer o convite de casamento. Naiara é fruto de um relacionamento entre a mãe dela, Marinei de Souza Oliveira de 44 anos e Valdevando Bispo (43).
Naiara hoje tem 23 anos |
Segundo Naiara, ela nunca imaginava de um dia ir a procura do pai, embora soubessem da existência e do endereço de uma tia no Bairro Boca do Rio em Salvador, que inclusive chegou a conhecer quando era criança. Ela conta que tudo mudou a partir do momento em que conheceu o noivo Osvaldo França Batista, o Junior que resolveu correr atrás e juntar toda a família. “Depois que ele me conheceu me perguntou pelo meu pai, eu disse que minha mãe, era mãe e pai ao mesmo tempo, e que não conhecia meu pai biológico. Junior insistiu, perguntando se eu não tinha algum contato de alguém da família e eu disse que sabia apenas de uma tia que morava na Boca do Rio, foi aí que ele resolveu procura-lo e aconteceu o encontro hoje", relatou. "Ele sempre falava que a vontade dele era reunir todos das quatro famílias no nosso casamento que vai acontecer no dia 20 de junho e tudo indica que vai conseguir”, comemora ela.
Naiara ao lado do noivo Junior |
Ainda conforme Naiara, em todo esse tempo que conviveu sem seu pai, o momento em que mais sofreu e sentia a falta dele, era na escola. "Na escola sempre pede os nomes do pai e da mãe, nessas horas eu não tinha um nome para escrever como pai e isso me doía bastante", lamentou.
Ela e a avó paterna |
Ela disse que sentia desejo de conhecer o pai, mais sempre esbarrava no medo de ser rejeitada. “Eu temia muito este encontro por achar que poderia ser rejeitada por meu pai e pelos demais familiares dele, mas graças a Deus deu tudo certo, o encontro foi maravilhoso, só tenho que agradecer a Deus em primeiro lugar, depois ao meu noivo Junior que foi o responsável por este momento especial, sem esquecer da Beatriz Carneiro, a Bia prima de Valdevando que nos trouxe até aqui em Ichu para este encontro maravilhoso”, finalizou.
Mary a mãe de Naiara, Naiara e Nini a avó paterna |
A mãe Marinei disse em entrevista que ao descobrir a gravidez comunicou logo a Valdevendo e na época, segundo ela, sentiu que o mesmo não havia gostado da notícia e percebeu ele se afastando dela aos poucos, já que ligava para a empresa onde trabalhava e o mesmo não atendia suas ligações. Depois disso segundo Mary, como também é conhecida a mãe de Naiara, ela resolveu desistir de procura-lo e assumiu a gravidez e criou a filha sozinha por todo esse tempo, disse ela.
Já de acordo com Valdevando, ele nunca quis fugir da responsabilidade de pai, mas admite que na época era muito imaturo já que tinha apenas 19 anos, o que talvez tenha contribuído para agir diferente logo de início. “Na verdade, na época eu não me achava preparado para assumir uma relação tão importante”. Ele disse ainda que logo que a filha nasceu, a fábrica que trabalhava foi transferida para Ichu e isso dificultou ainda mais a aproximação, porque segundo ele, era uma época difícil para se comunicar por telefone já que só era possível através de orelhão ou em posto da Telebahia.
Valdevando relatou que depois que a filha nasceu ele ainda chegou a procurar por duas vezes, uma no final de 94 e logo depois em 1995 quando esteve na capital baiana, mas segundo ele, a mãe não morava mais no mesmo endereço no bairro São Marcos. Ele conta que no local ninguém soube informar para onde mãe e filha tinha ido morar e que até imaginou ter se mudado para o interior.
Ao ser questionado sobre a sensação do encontro ele disse, “eu tremi cara, as pernas travaram, quase nem consigo dá uma ré no carro, foi muita emoção. Eu tinha em mim que mais cedo ou mais tarde isso ia acabar acontecendo e graças a Deus que aconteceu, só não foi melhor porque foi tudo de surpresa e no dia eu tinha um compromisso inadiável, mas o pouco que estive com ela foi muito bom”, disse ele.
Sobre as ligações que a mãe Mary alega ter feito para a fábrica e que ele não atendeu, Valdevando esclarece que na época a máquina que o mesmo trabalhava, ou seja, uma “ESTUFA”, era aquecida e não podia ser desligada já que isso esfriava e gerava desperdício de energia e consequentemente prejuízos financeiros a empresa.
Valdevando guarda com carinho uma foto de quando a filha era criança, um presente da tia Maria do Carmo que sempre lutou pelo encontro dos dois.
Sobre o registro de nascimento Valdevando disse em entrevista que não chegou a conversar sobre isso com a filha, mas garante que brevemente vai sentar com ela e ver uma forma de resolver o quanto antes.
Valdevando relatou que depois que a filha nasceu ele ainda chegou a procurar por duas vezes, uma no final de 94 e logo depois em 1995 quando esteve na capital baiana, mas segundo ele, a mãe não morava mais no mesmo endereço no bairro São Marcos. Ele conta que no local ninguém soube informar para onde mãe e filha tinha ido morar e que até imaginou ter se mudado para o interior.
Ao ser questionado sobre a sensação do encontro ele disse, “eu tremi cara, as pernas travaram, quase nem consigo dá uma ré no carro, foi muita emoção. Eu tinha em mim que mais cedo ou mais tarde isso ia acabar acontecendo e graças a Deus que aconteceu, só não foi melhor porque foi tudo de surpresa e no dia eu tinha um compromisso inadiável, mas o pouco que estive com ela foi muito bom”, disse ele.
Sobre as ligações que a mãe Mary alega ter feito para a fábrica e que ele não atendeu, Valdevando esclarece que na época a máquina que o mesmo trabalhava, ou seja, uma “ESTUFA”, era aquecida e não podia ser desligada já que isso esfriava e gerava desperdício de energia e consequentemente prejuízos financeiros a empresa.
Valdevando guarda com carinho uma foto de quando a filha era criança, um presente da tia Maria do Carmo que sempre lutou pelo encontro dos dois.
Sobre o registro de nascimento Valdevando disse em entrevista que não chegou a conversar sobre isso com a filha, mas garante que brevemente vai sentar com ela e ver uma forma de resolver o quanto antes.
Naiara e a Bisavó paterna |
Além de conhecer o pai, Naiara conheceu alguns tios (as), primos (as) e duas bisavós. Outros parentes não foi possível reunir para o encontro já que tudo aconteceu de surpresa, ficando para um próximo encontro que irá acontecer em breve.
Naiara e o pai Valdevando (camisa vermelha) e tio Valdir Carneiro (camisa branca) |
A noite o encontro foi em uma Pizzaria em Ichu |
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