Na manhã desta quinta-feira (20), o delegado da Polícia Civil de Riachão do Jacuípe, Dr. Danilo Andrade,
em entrevista ao Jornal da Manhã, na Radio Jacuípe, trouxe fatos novos
sobre o crime contra a professora Ienata Pedreira Rios, um dos mais
violentos dos últimos anos, mas que ainda continua sem ser elucidado. Na
oportunidade, o delegado também falou sobre a onda de violência no
município, que promete reduzir com o trabalho da policia. Ele destacou
ainda o número elevado de pequenos furtos na cidade que vem atormentando
a vida dos jacuipenses.
Como assunto mais aguardado, o delegado falou sobre o andamento das investigações sobre o crime contra a professora Ienata Rios,
acontecido no dia 3 de julho de 2016, no bairro Loteamento São José, em
Riachão do Jacuípe. Segundo ele, “já chegaram alguns laudos, mas eles
não foram conclusivos a ponto de trazer resultados positivos para a
investigação”.
Contudo, o delegado disse ao repórter Mario Amaral que há um esforço
muito grade da Policia Civil e da Policia Técnica para que as
investigações sejam concluídas. “Espero que esse trabalho seja
consagrado ao final com a apresentação do autor desse crime à sociedade
de Riachão do Jacuípe. Ainda faltam muitos laudos retornarem do
Departamento de Policia Técnica (DPT) e são neles que confiamos como
meio para elucidar esse crime”, prometeu.
A
professora foi encontrada morta dentro de casa, no bairro Loteamento
São José, no domingo, dia 3 de julho. Segundo a polícia, Ienata Pedreira
Rios tinha ferimentos de faca em várias partes do corpo. Ela era noiva e
deixou um filho adolescente de outro relacionamento.
De acordo com o delegado Sérgio Araújo Vasconcelos, a Polícia Militar
chegou ao local depois que uma vizinha estranhou que a porta dela
estava aberta e acionou os policiais. Chegando lá, os policiais
encontraram a professora caída no corredor, já sem vida. Segundo o
delegado, a residência não possuía sinais de arrombamento e havia marcas e pegadas de sangue pelo imóvel.
O noivo da professora foi ouvido pela polícia para colher dados a fim
de dar início às investigações sobre o crime. De acordo com o delegado,
o rapaz mora em Dias D’Ávila, região metropolitana de Salvador, e não
estava em Riachão do Jacuípe no momento do crime. O filho dela também
não estava na residência.
Depois, o noivo chegou a ser preso, mas, alegando não haver provas
conclusivas contra ele, foi posto em liberdade. Estudantes e professores
do CETEP João Campo já fizeram protestos pelas ruas da cidade para
cobrar celeridade nas investigações, mas até hoje o crime segue sem ser
elucidado.
Prisão de menor e pequenos furtos
Sobre os assaltos na cidade que envolve menores de idade, o delegado
disse que “é uma questão polêmica de ser discutida com relação a redução
da maioridade penal, o que não cabe discutirmos aqui agora”. O delegado
reconheceu a gravidade social sobre o caso, mas alegou as dificuldades
que a policia enfrenta para líder com esses crimes.
No caso do menor de inicias J.J., de 14 anos,
que foi conduzido ao instituto Zilda Arns em Feira de Santana, o
delegado explicou o motivo da sua detenção e se teve alguma participação
na morte da própria mãe. “Com relação a esse menor, muitos boatos
surgiram, mas ele foi apreendido e conduzido à Casa Zilda Arns por conta
dos furtos que ele andava praticando reiteradamente. Ele foi
sentenciado a cumprir essa medida socioeducativa”, explicou.
Com relação à morte da mãe do menor, o delegado comentou: “O que se
sabe são apenas boatos. Toda a família nega a participação do menor
nesse caso, como o falecimento dela ocorreu no município de Feira de
Santana, deve haver no levantamento cadavérico para poder fazer a
pericia. Se há algum indicio de morte decorrente de ação violenta, o que
até onde sabemos não ocorreu, mas se o médico constatou que havia algum
indicio de violência que pode ter levado à morte da pessoa, com
certeza foi solicitado o Departamento de Policia Técnica e informado à
Delegacia de Policia com atribuição na área para realizar o levantamento
cadavérico e consequentemente realizar o exame necroscópico na pessoa”.
Em relação aos pequenos furtos na cidade, dos quais o menor J. J. era
suspeito de participação, Dr. Danilo justificou ao repórter Mario
Amaral que a policia conta com pouca ajuda das pessoas, especialmente as
vítimas, que sabem quem são os autores, mas não colaboram com as
investigações. Ele aproveitou para fazer um apelo a essas ‘testemunhas’
para comparecerem à Delegacia e denunciar os autores dos seguidos
furtos.
Violência rural
Sobre
a violência na zona rural do município, Dr. Danilo reconheceu que no
povoado de Chapada “os moradores são vitimas de furtos rotineiramente”,
mas disse que “a policia esta atenta” e alertou sobre os cuidados que a
população tem que tomar, especialmente a idosa. “Muitos idosos deixam o
cartão de banco junto com a senha, por isso são vitimas. Eles (os
bandidos) furtam o cartão e levam a senha junto e aí já fazem o saque do
dinheiro, por isso devem procurar outro meio de guardar a senha”,
alerta.
Sobre a nova viatura recebida pelo município, o delegado destacou a
importância do veiculo. “Ele resolveu grande parte das limitações da
Delegacia de Policia, embora ainda tenha um problema grande com relação
ao efetivo policial, mas com a nova viatura traz mais facilidade e
mobilidade”, disse.
Por Rodrigo Nascimento e Evandro Matos / Fonte: Interior Da Bahia
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