A “bonanza” carro símbolo do MOC chegou bem cedo à cidade de Serrinha trazendo não somente os técnicos e materiais didáticos, mas a alegria e o sentimento de que o sonho plantado em 1967 pelo jovem padre Antonio Albertino Carneiro, que tinha o desejo de semear a cidadania e a missão de envolver as comunidades na busca pela organização, desenvolvimento e a conquista de direitos básicos, teria se tornado real e não impossível 50 anos depois.
A Caravana MOC 50 anos – Por um Sertão Justo começou sua itinerância nesse 27 de abril, no Colégio Estadual Rubem Nogueira, localizado no coração da cidade que foi uma das primeiras "adotadas" pelo MOC quando este ampliou seu raio de atuação para além Feira de Santana, sua sede.
Reunindo crianças, jovens, adolescentes, homens e mulheres do campo, professores/as, coordenadores/as, diretores/as, líderes sindicais, de movimentos de mulheres, de empreendimentos econômicos solidários e gestores públicos, o MOC pouco contou, mas muito ouviu dos presentes sobre sua história de lutas e conquistas nesse meio século de existência.
“O MOC é uma organização mãe das organizações da região. É referência. Quando falamos de política de convivência com o semiárido, de gênero, da educação contextualizada lá no campo, de assistência ao associativismo e ao cooperativismo, é do MOC que lembramos e é do MOC que falamos”, ressaltou Edinei do Sacramento, da Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar (ASCOOB). Edinei também lembrou emocionado; “Quando eu era criança ficava ansioso pela chegada do MOC onde morava. Queria me pesar e ver quantos quilos tinha aumentado”, confessou.
Ana Paula de Oliveira, representando o Conselho Gestor do Fundo Rotativo (COGEFUR) também disse que ouve falar do MOC desde criança e que desde sempre o MOC assume o papel de fortalecer as redes. “Nos 15 anos do Cogefur o MOC tem sido um parceiro e tanto. O MOC sempre assumiu seu papel de fortalecer as Redes e as ações do Sertão, desse lugar que temos tanto orgulho de ser”, declarou.
Outros relatos de representantes de entidades parceiras também retrataram as lutas e conquistas do MOC e dos seus sujeitos compostos por homens, mulheres, jovens, crianças e adolescentes, que ao longo da sua trajetória ajudaram a formatar sua história agora celebrada.
"Para ter um campo com gente e com direitos e com gente feliz, precisamos ouvir cada um e cada uma e principalmente ouvir o coletivo. Não queremos só falar sobre direitos, precisamos ouvir o que querem do MOC para que possamos nos autoavaliar sobre até onde chegamos e o que faremos daqui pra frente", pontuou a coordenadora geral do MOC, Célia Firmo.
Programação
Antes desse Talk Show ou da "conversação conversada" como gostamos de chamar, técnicos de vários programas institucionais realizaram atividades com diferentes sujeitos. Jovens lideranças de organizações de mulheres participaram de oficina regional de formação política, sobre feminismo e políticas públicas de gênero, enquanto acontecia outra oficina com professores/as e coordenadores/as quando discutiram o aprofundamento da metodologia do Projeto CAT, do Baú de Leitura e da Educomunicação.
A Educomunicação também foi tema trabalhado com crianças e adolescentes que em forma de poesia e desenhos retrataram seu olhar sobre o Sertão compartilhado na culminância com todos os presentes inclusive com os representantes e beneficiarios do Projeto Bahia Produtiva que ali participaram de Seminário Territorial.
No final da tarde sob os últimos raios de sol do dia, a "bonanza" retorna a Feira de Santana carregada de trocas de saberes e ansiosa para a nova visita da Caravana MOC 50 Anos que acontecerá no município de Valente, durante a Feira da FATRES, nos próximos dias 12 e 13 de maio deste.
Por: Maria José Esteves
Programa de Comunicação do MOC
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