O último capítulo da Independência do Brasil, a Batalha de Cachoeira, foi homenageado neste 25 de junho, no município do Recôncavo baiano, com atos cívicos, como a transferência da sede do Governo do Estado para a cidade, culturais e religiosos. Pela manhã, foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do Estado e do Município, em frente à Câmara Municipal, cerimônia do tradicional Te Deum, uma missa em forma de canto, na paróquia local, e a sessão solene, também na Câmara.
No dia 2 de junho de 1822, moradores da cidade iniciaram as lutas pela Independência da Bahia, que em 2 de julho de 1823, resultaram na libertação baiana do domínio português. Pela tarde, os tradicionais desfiles com a imagem do Caboclo e das fanfarras escolares animam munícipes e turistas.
A jornalista Clarissa Beretz, de São Paulo, foi passar o São João em Cachoeira e disse que quer virar baiana. “Eu acordei com essa banda maravilhosa passando pela porta. Eu vim celebrar o São João e, caminhando, fui descobrindo a importância da cidade para história, pela luta que houve aqui, pela expulsão dos últimos portugueses. Li um pouco e estou orgulhosa e grata por esses heróis. Eu sou jornalista e não sabia dessa parte da história. Nunca li isso na minha formação. Não tinha ideia da importância de Cachoeira para a história do Brasil”.
Anualmente, no 25 de junho, o Governo do Estado disponibiliza os serviços do SAC Móvel para a população do município. A atendente de Telemarketing Tatiane do Espírito Santo levou o filho Arthur Leão Cordeiro, de dez meses, para tirar a primeira identidade. “Ele é pequenininho, mas já exerce a cidadania. Se o SAC não estivesse aqui teria que me deslocar até Feira de Santana com ele, que não tem nem um ano ainda e seria muito difícil. Então, foi ótimo, tudo de bom”.
De acordo com o coordenador do SAC Móvel, Manoel Correia, são oferecidos emissão de carteira de identidade, antecedentes criminais, CPF, recadastramento de pensionistas e ouvidoria. "Atendemos a cerca de 500 pessoas em dois dias de prestação de serviço”.
Independência de fato
Durante o hasteamento da bandeira, os estudantes participaram, perfilando e cantando os hinos Nacional e da Bahia – o Hino ao 2 de Julho. A estudante Jamile Santos Cruz, do Educandário Paroquial, conta a história do Tambor Soledade. “Ele foi o primeiro homem a derramar seu sangue aqui em Cachoeira pela Independência do Brasil”, disse ela, referindo-se ao início da batalha, em 25 de junho de 1822, quando moradores da cidade iniciaram as lutas pela Independência da Bahia, que culminaram, em 1823, na batalha final de 2 de julho, que resultou na libertação baiana do domínio português.
O bispo Dom Estevam dos Santos explicou que o Te Deum é um canto litúrgico, um hino que é levado do povo até Deus. “O Te Deum é cantado em diversos momentos. Em Cachoeira, no dia 25 de junho de 1822, o povo se reuniu para que o eco de liberdade pudesse ecoar por todo o Brasil, desejando uma terra livre e independente. E hoje nós repetimos esse momento histórico, com os mesmos ideais de independência e liberdade, juntando a nossa voz a daqueles heróis que estavam nessa Igreja naquele dia”.
Informações: Secom // Fotos: Alberto Coutinho/GOVBA
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