Foto: Reprodução/Fantástico |
Você sabe o que e coparentalidade? O conceito ainda é pouco conhecido no Brasil. O programa Fantástico da Rede Globo veiculou uma reportagem no último domingo (23) sobre o assunto. A advogada feirense Manuela Menezes explicou, em entrevista ao Acorda Cidade, esse novo formato de família e destacou que as relações são baseadas no afeto. Há um contrato que estabelece regras de convivência e de responsabilidade dos pais com o filho e até o momento a coparentalibidade não está prevista no código civil.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
“A coparentalidade é um novo formato de família em que permite que duas pessoas que não tenham relação sexual se unam com o objetivo exclusivo de ter um filho e criar esse filho. É feito com base em um contrato e até o momento eu não tenho relato de nenhum cliente nessa situação. É provável que após a repercussão da mídia as pessoas comecem a se atentar para essa nova realidade”, afirmou ao Acorda Cidade.
Segundo Manuela, a família coparental não tem a relação obrigatória das famílias tradicionais e a convivência através dos vínculos afetivos com o filho vai moldando os arranjos familiares. Não é necessário que exista relação sexual. “Em regra, não há relação sexual e existem duas opções. Pode ser a inseminação caseira ou a inseminação artificial feita em laboratório”, acrescentou.
Caso em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
A feirense e técnica de segurança do trabalho, Aparecida Sobral, optou por esse novo modelo de família. Ela contou que não viu a segurança de formar uma família através de relacionamentos tradicionais anteriores e então, depois de algumas pesquisas, descobriu o método coparental.
“Eu não via a possibilidade de formar uma família em nenhum dos relacionamentos anteriores que eu tive e eu descobri isso há uns nove anos, através da revista Pais e Filhos. Fui me aprofundando mais, assistindo programas de TV e também com a internet. Então conheci o pai do meu filho e fui trocando mensagens com ele. Há 12 semanas estamos com a gestação encaminhada”, afirmou.
Aparecida e o pai do filho dela estão se relacionando há aproximadamente um ano e a gestação veio sem o contato sexual. Ela realizou uma inseminação caseira com o uso de uma seringa.
“Apesar de algumas dificuldades, a gravidez está sendo uma experiência maravilhosa. Temos toda a segurança e é uma forma diferente. Ele tem a individualidade dele e eu a minha. Eu respeito as pessoas que querem ter a família tradicional. Mas, eu tentei essa experiência e não fui bem sucedida. Não fui feliz e nem por isso deixei de realizar o sonho da maternidade”, concluiu.
Rachel Pinto com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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