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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Feirense que vai ter filho em coparentalidade explica escolha de novo modelo de família

Feirense que vai ter filho em coparentalidade explica escolha de novo modelo de família
Foto: Reprodução/Fantástico
Você sabe o que e coparentalidade? O conceito ainda é pouco conhecido no Brasil. O programa Fantástico da Rede Globo veiculou uma reportagem no último domingo (23) sobre o assunto. A advogada feirense Manuela Menezes explicou, em entrevista ao Acorda Cidade, esse novo formato de família e destacou que as relações são baseadas no afeto. Há um contrato que estabelece regras de convivência e de responsabilidade dos pais com o filho e até o momento a coparentalibidade não está prevista no código civil.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“A coparentalidade é um novo formato de família em que permite que duas pessoas que não tenham relação sexual se unam com o objetivo exclusivo de ter um filho e criar esse filho. É feito com base em um contrato e até o momento eu não tenho relato de nenhum cliente nessa situação. É provável que após a repercussão da mídia as pessoas comecem a se atentar para essa nova realidade”, afirmou ao Acorda Cidade.  
 
Segundo Manuela, a família coparental não tem a relação obrigatória das famílias tradicionais e a convivência através dos vínculos afetivos com o filho  vai moldando os arranjos familiares. Não é necessário que exista relação sexual.  “Em regra, não há relação sexual e existem duas opções. Pode ser a inseminação caseira ou a inseminação artificial feita em laboratório”, acrescentou.  
 
Caso em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
A feirense e técnica de segurança do trabalho, Aparecida Sobral, optou por esse novo modelo de família. Ela contou que não viu a segurança de formar uma família através de relacionamentos tradicionais anteriores e então, depois de algumas pesquisas, descobriu o método coparental.   
 
“Eu não via a possibilidade de formar uma família em nenhum dos relacionamentos anteriores que eu tive e eu descobri isso há uns nove anos, através da revista Pais e Filhos. Fui me aprofundando mais, assistindo programas de TV e também com a internet. Então conheci o pai do meu filho e fui trocando mensagens com ele. Há 12 semanas estamos com a gestação encaminhada”, afirmou.  
 
Aparecida e o pai do filho dela estão se relacionando há aproximadamente um ano e a gestação veio sem o contato sexual. Ela realizou uma inseminação caseira com o uso de uma seringa.  
 
“Apesar de algumas dificuldades, a gravidez está sendo uma experiência maravilhosa. Temos toda a segurança e é uma forma diferente. Ele tem a individualidade dele e eu a minha. Eu respeito as pessoas que querem ter a família tradicional. Mas, eu tentei essa experiência e não fui bem sucedida. Não fui feliz e nem por isso deixei de realizar o sonho da maternidade”, concluiu.  
 
Rachel Pinto com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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