A votação do polêmico projeto que prevê a Concessão do Hospital
Municipal de Riachão do Jacuípe à iniciativa privada acontece nesta
quinta-feira (13), na Câmara de Vereadores do município. A sessão, que
será presidida pelo vereador Antônio Marcos O. Silva, está marcada para
começar às 9h da manhã.
De autoria do Poder Executivo Municipal, o projeto prevê concessão do
hospital pelo período de 20 anos, renováveis pelo mesmo período, para
exploração de empresa privada. Desconfiados da intenção do projeto,
servidores do Hospital Municipal, vereadores da oposição e vários
segmentos da sociedade jacuipense têm se posicionados contrários à sua
aprovação.
Ex-diretor do hospital, o vereador Toninho da CTI é dos mais
indignados com a situação. “Caso o projeto seja aprovado, vamos ver o
que vai acontecer: você que tem plano de saúde e você que tem plano do
SUS, vamos ver quem vai ser atendido primeiro”, alertou o vereador.
Em entrevista à Rádio Jacuípe, Toninho disse que ‘o prefeito deve
conseguir o que quer, que é a aprovação do projeto’, mas duvida da sua
boa intenção. “Infelizmente a gente vai colocar algumas emendas na
próxima semana para não dizer que a gente não tentou alguma coisa, mas
já se sabe que o projeto vai ser votado e a gente sabe que vai passar.
Nós vamos apresentar algumas emendas. Se eles votarem contra, com
certeza vai ficar claro qual é a intenção do projeto”, desafiou o
parlamentar.
O vereador disse ainda que a Casa não tem analisado com critério o
conteúdo do projeto, por isso a população, principalmente a pobre, pode
ser a grande prejudicada. “Vamos colocar emenda exigindo atestado de
capacidade técnica para a empresa que vier a administrar o hospital.
Vamos ver se os vereadores vão aceitar essa emenda ou não. Eles, que
estão só dizendo amem ao prefeito e não querem nem saber sobre as
consequências”, acrescentou.
Servidores
Também contrário ao projeto, o ex-vereador Carlos Matos alertou sobre a situação dos funcionários do hospital. “Os servidores da FUSAS não fizeram concurso para o município, por isso podem ficar à mercê se forem colocados à disposição pelo prefeito, pois o receio é que eles aceitem agora e depois demitam para dizer que não pode. Ou seja, é um golpe”, disse.
Também contrário ao projeto, o ex-vereador Carlos Matos alertou sobre a situação dos funcionários do hospital. “Os servidores da FUSAS não fizeram concurso para o município, por isso podem ficar à mercê se forem colocados à disposição pelo prefeito, pois o receio é que eles aceitem agora e depois demitam para dizer que não pode. Ou seja, é um golpe”, disse.
O ex-vereador alertou também sobre as conquistas do hospital pelo
governo anterior e ignoradas agora. “Vamos pegar os equipamentos
conquistados pelo governo da prefeita Tania, vamos pagar as ambulâncias
cedidas pelo Estado e entregar a uma empresa privada!”, indagou.
Os dois políticos também chamaram a atenção sobre os recursos que
estão disponíveis para o hospital e que podem ter destino ignorado.
“Existe um valor de R$ 599 mil para reforma do hospital, uma conquista
do governo Tania. O dinheiro está na Caixa Econômica, só não houve tempo
de encaminhar a sua finalidade por causa da burocracia da Caixa”,
advertiram.
Reação popular
Nessa mesma direção também estão outros vereadores oposicionistas como Nem de Aureliano, Catarina Roma (Catarina do Hospital), Lucas William e Robinho. Reforçando a posição dos vereadores, servidores do hospital, o SINSPUM e APLB-Sindicato e outras entidades também se posicionam contrários à aprovação do projeto.
Nessa mesma direção também estão outros vereadores oposicionistas como Nem de Aureliano, Catarina Roma (Catarina do Hospital), Lucas William e Robinho. Reforçando a posição dos vereadores, servidores do hospital, o SINSPUM e APLB-Sindicato e outras entidades também se posicionam contrários à aprovação do projeto.
Devido à falta de clareza da proposta, a população da cidade tem se
rebelado e hoje promete protestar nas ruas e durante a sessão na Câmara
Municipal. Pelas redes sociais, uma grande caminhada está sendo
divulgada para acontecer, com saída prevista para as 8h, em frente ao
SINSPUM, na direção da Câmara.
Vários vídeos também circulam nas redes sociais convocando a
população para comparecer à Câmara nesta quinta-feira com o objetivo de
pressionar os vereadores a não aprovarem o obscuro projeto.
Do Interior Da Bahia
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